O câncer de pele é uma doença vinculada à exposição solar crônica, não à exposição solar aguda, ou seja, “não é porque é verão que temos mais câncer de pele do que no inverno. A incidência da doença é comum em todas as estações do ano”, destaca o especialista. Segundo ele, quem mora no Sul não está mais protegido do que aqueles que vivem na região Nordeste do Brasil. “Todos têm que ter os mesmos cuidados”, alerta.
O médico explica ainda que a patologia não está relacionada à exposição solar que o indivíduo teve em um determinado período do ano e sim às exposições que ele teve durante toda a vida, que ao longo do tempo lesaram o DNA da pele, ou seja, o raio ultravioleta tem efeito negativo sobre o DNA, o que gera lesão e mutação. Devido à exposição cronificada ao sol, quanto mais idosa a pessoa for, maior será o risco de desenvolver o câncer de pele.
O médico explica que o fator de proteção do filtro solar não precisa ser elevado, 95% do benefício do filtro acontece com fatores de proteção de 15 a 20. O mais importante é a reaplicação, assim como todo medicamento, o produto tem uma vida biológica que, no caso do fator de proteção, é de duas a três horas de duração. “Ao entrar no mar ou na piscina ou por excesso de sudorese, o produto deve ser reaplicado. Além do uso regular do filtro solar, devem ser usados acessórios de proteção como chapéu, boné, óculos de sol para evitar o câncer palpebral e respeitar o horário de exposição solar: antes das 10h e após as 16h“, frisa o oncologista.