Americanos ministram curso de combate à lavagem de dinheiro

A expertise norte-americana utilizada para coibir e investigar crimes de lavagem de dinheiro foi repassada a agentes de segurança pública, representantes do Ministério Público, do Poder Judiciário e da Receita Federal em Curitiba. Com 40 horas/aula, o curso fez parte de uma parceria entre o órgão norte-americano e a Secretaria da Segurança Pública e Administração Penitenciária do Paraná. O Curso de Investigações Financeiras foi ministrado na Escola Superior de Polícia Civil, por agentes da Receita Federal dos Estados Unidos, funcionários do FBI (Federal Bureau of Investigation) e do Escritório de Segurança Diplomática – Departamento de Investigações (DSS) do Consulado norte-americano.

Entre os assuntos abordados, destacaram-se técnicas para determinar o tamanho do crime financeiro; teoria para provar um crime financeiro; esquemas utilizados para a lavagem de dinheiro; corrupção pública; fontes de informação para investigações financeiras; financiamento do terrorismo e preparação para o terrorismo.

Atuação das polícias

Para o secretário de Estado da Segurança Pública, Wagner Mesquita, a convivência e troca de experiências irão fortalecer a atuação das polícias do Paraná no combate ao crime organizado. O know-how norte-americano na investigação de crimes envolvendo volumes significativos de lavagem de dinheiro também foi destacado pelo juiz federal Marcos Josegrei da Silva.. “Eu considero muito importante a possibilidade de ouvir, dos órgãos de controle dos EUA, uma série de ferramentas e técnicas novas, porque eles têm um know-how muito grande na investigação e apuração desse tipo de crime, há muito mais tempo do que nós. É um país muito grande, com uma moeda forte, estável, pra onde acorrem valores oriundos dos mais diversos crimes, principalmente do tráfico de drogas”, apontou.

Na opinião do promotor de Justiça Carlos Alberto Dias Torres, também integrante da turma de convidados para o curso, os EUA contam com diversos mecanismos na legislação para coibir crimes financeiros. “Não basta simplesmente prender, desmantelar pessoalmente as estruturas do crime. É preciso também trabalhar no sentido que seja feita uma asfixia financeira”, afirmou.

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