Alunos de educação especial terão horta como atividade terapêutica e pedagógica

O projeto envolverá 750 alunos, de 6 a 25 anos. Para esta novidade, as professoras das escolas envolvidas estão passando por uma capacitação com um dos engenheiros agrônomos responsáveis pelo projeto de hortas da Unidade de Agricultura Urbana da Secretaria Municipal do Abastecimento, Mário Kunio Takashina.

No início do mês, o treinamento foi realizado na Escola Municipal Ali Bark e contou com participação de docentes das escolas Helena Antipoff e Tomaz Edison. “O projeto vai servir de ferramenta pedagógica e, futuramente, nas oficinas de aprendizagem para a vida prática”, explica Márcia Walter, da Coordenadoria de Atendimento às Necessidades Especiais (CANE), responsável pelas três escolas. “As hortas vão proporcionar aos alunos a oportunidade de plantar, acompanhar o ciclo de crescimento das plantas e de cuidar do meio ambiente. ”

A diretora da escola Ali Bark, Giovana Muller, disse que alguns professores demonstraram interesse em desenvolver a atividade dentro de suas cargas horárias. “Acho importante o contato dos alunos com a terra e acredito que vai motivá-los”. Durante a capacitação, os professores receberam noções básicas sobre solos, pragas, regas, compostagem (uso de lixo orgânico para a produção de adubo) e plantio. Além da parte teórica, elas também participaram de uma oficina prática e receberam insumos, como calcário, e mudas.

Nosso Quintal

Parte do programa Lavoura, o projeto Nosso Quintal estimula e orienta como utilizar pequenos espaços para a instalação de hortas. O engenheiro agrônomo Mário Takashina explica que a terra está boa para plantio quando ela se desfaz nas mãos, sem formar bolo, pois isto indica que está muito úmida. Ele também alerta que mexer na terra sem luvas é arriscado quando há animais que circulam pelo local. “Mexer na terra sem luvas há problema se há gato, cachorro, no local. Os animais possuem doenças que são nocivas ao homem”, destaca.

Outro ponto importante a ser observado é o correto espaçamento a ser dado entre as mudas, em torno de 25 centímetros entre elas. “Na hora de plantar, não se dá o espaçamento adequado porque não se imagina como essas mudas vão ficar depois de crescidas. Podemos trazer uma verdura ou legume, como um repolho, já grande para mostrar como deverão ficar”, sugere a professora Adriana Paula Muniz Zeni.

Na parte prática, as professoras conheceram o conjunto básico de ferramentas que serão necessárias para o cultivo das hortaliças –pá cortadeira, sacho, marcador e rastelo.

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