Essa construção é reconhecida como ecoeficiente porque não exige uso de água, não gera resíduos e todos os materiais e insumos são comprados de fornecedores que seguem normas e a legislação ambiental. Um avanço no setor da construção civil, o mais poluente em todo o mundo – toma de 20 a 50% dos recursos naturais e devolve por ano ao planeta entre 300 a 500 kg de resíduos por habitante. No Brasil, o setor responde por até 50% da geração de resíduos sólidos, segundo estudo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Espaciais.
Estrutura é à base de aço carbono
O sistema modular, com pedido de patente depositado, tem estrutura à base de aço carbono e fechamento com perfis de aço galvanizado, é resistente e permite erguer casas e levantar edifícios residenciais e comerciais de até seis andares. Uma excelente solução para incorporadoras e construtoras com demandas para o segmento, como a ZR3. Os módulos são produzidos dentro de fábrica e transportados até o local definitivo do imóvel, ou carregados em painéis para que seja feita a finalização da montagem no terreno. As partes elétrica e hidráulica também saem prontas de fábrica.
A velocidade de entrega e a redução dos custos são outras vantagens da tecnologia industrializada Sustentábil, pois o tempo de construção cai pela metade. “É uma nova tecnologia, de vanguarda, sustentável, ambientalmente correta e bastante inovadora”, afirma o mestre em Engenharia, Carlos Alberto da Costa, criador do sistema construtivo e diretor de operações da empresa. “Desenvolvemos uma tecnologia que agrega valor para a sociedade, para o meio ambiente e que também aproxima as pessoas”, completa Cleuton Carrijo, diretor de Marketing e de Sustentabilidade.
Sistema permite construções a partir de 40 metros quadrados
A companhia vai ofertar casas populares, edifícios residenciais e comerciais de médio padrão, com atenção especial ao acabamento, além de residências customizadas para cidade, praia e campo. A princípio vai atender localidades a uma distância de até 300 km de Curitiba e, no decorrer, outras regiões, por meio de unidades licenciadas. A solução construtiva ecoeficiente serve também para atender o serviço público, ao abrigar postos de saúde/hospitais, escolas/creches e até módulos policiais.
O sistema modular permite construções a partir de 40 metros quadrados. Nas edificações, são viáveis flexíveis projetos arquitetônicos, comportando amplas áreas envidraçadas para melhor captação da iluminação natural, isolamento térmico e acústico, além do reaproveitamento da água da chuva e aquecimento solar. “A necessidade de manutenção é mínima durante os 50 a 80 anos de vida útil, sendo que o aço pode ser reciclado infinitamente”, assegura Costa.
Dois protótipos da construção ecoeficiente estão instalados no Campus Curitiba da UTFPR, com a qual a Sustentábil firmou acordo de cooperação técnica para o aprimoramento da nova tecnologia. “Esse período que permaneceremos dentro da instituição é fundamental para o amadurecimento e evolução do sistema construtivo. Em troca oferecemos campo de pesquisa para produção acadêmica e conteúdo inovador à disposição dos alunos de mestrado e doutorado, em rede colaborativa. Esse é o futuro”, explica o diretor da Sustentábil.
“Estamos em um novo momento mundial em que é preciso inovar constantemente e desenvolver produtos, sistemas e propostas que sejam sempre benéficas para a sociedade”, concluiu a presidente do Conselho da Sustentábil, Wilma Leitão Krueger.
Universidade é parceria da iniciativa
O diretor do Campus Curitiba da UTFPR, Cezar Augusto Romano, considerou o lançamento do novo projeto um marco para os cursos de Engenharia e Arquitetura. A companhia e a instituição firmaram acordo de cooperação técnica até 2015 com o propósito de aprimorar a nova tecnologia. “Esse projeto é uma leitura das demandas da sociedade, mostrando que é possível desenvolver uma construção civil sustentável”, diz. “Também marca uma visão futura da UTFPR de tirar os engenheiros e arquitetos de dentro da sala de aula e colocar no canteiro de obras”, destaca.
Italo Trombini Neto valorizou a oportunidade de aplicar os conteúdos ensinados em sala de aula e a possibilidade de empreender. “Agradeço à universidade que abriu portas para mim dentro da Engenharia e da própria empresa, acolhendo uma ideia empreendedora que nasceu dentro do câmpus”, revela o acadêmico do último ano de Engenharia Civil da UTFPR e Diretor de Novos Negócios da Sustentábil.