Imóveis econômicos são quase 65% do mercado de novos

Estão enquadrados no Minha Casa Minha Vida, na Região Metropolitana de Curitiba, os imóveis com preço até R$ 145 mil. Em Curitiba, o teto das moradias dentro do programa é de até R$ 170 mil. A diferença do tamanho do mercado de habitação popular nas duas áreas geográficas impacta diretamente na quantidade de apartamentos disponíveis para a venda, em relação ao total da oferta lançada. Nos principais municípios da Região Metropolitana de Curitiba a disponibilidade é de 69,8%, contra 1,4% na capital paranaense, segundo dados da Ademi/PR.

Escassez de grande áreas livres e o alto custo dos terrenos são apontados pelo presidente da associação, Gustavo Selig, como os motivos que explicam o reduzido número de imóveis econômicos em Curitiba. “Somam-se a isso o aumento dos custos dos insumos e da mão de obra, o que dificulta esses lançamentos mesmo em regiões mais afastadas do eixo central da capital. Por consequência, estes empreendimentos acabam migrando para a Região Metropolitana, em que há um amplo potencial de mercado para tais construções”, afirma.

RMC E CURITIBA

Na Região Metropolitana de Curitiba, dentro do padrão econômico, predomina a oferta de unidades de dois dormitórios (71,6%), com área privativa de 49 metros quadrados e área total de 63 metros quadrados. Também existem opções de imóveis de um dormitório – com área privativa de 42 metros quadrados e área total de 61 metros quadrados, em média – e de três dormitórios – com área privativa de 61 metros quadrados e área total de 74,25 metros quadrados, em média.

O município de São José dos Pinhais detém 35% da oferta de apartamentos econômicos na Região Metropolitana de Curitiba (1.936 unidades), seguido das cidades de Araucária, com participação de 28% na oferta e 1.549 unidades, e de Fazenda Rio Grande, com 15,9% da oferta e 882 unidades.

Na capital paranaense, 72,9% dos apartamentos econômicos ofertados concentram-se nas unidades de dois dormitórios, com área privativa de 49 metros quadrados e área total de 75,5 metros quadrados, em média. Também há opções de imóveis com três dormitórios, com área privativa de 60 metros quadrado e área total de 90 metros quadrados, em média.

Os bairros afastados do eixo central abrigam as habitações populares. A maior ocorrência dos imóveis inseridos no Minha Casa Minha Vida na cidade está no Sítio Cercado (40,2%), com 408 unidades ofertadas. Na sequência, aparece o Tatuquara, com 31,4% da oferta e 318 unidades, e o Santa Cândida, com 15,8% da oferta e 160 unidades.

VALORES MAIS BAIXOS

O presidente da Ademi/PR é categórico: “o preço dos imóveis novos não vai baixar”. Ainda, diz que a tendência é de valorização, num patamar de regularidade, acompanhando a inflação, que ficou em 0,92% em março, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). “O setor continua aquecido e em crescimento, com ótimas oportunidades de lançamentos para todas as faixas de renda. Vale a pena o cliente buscar a opção que melhor cabe no bolso, numa localização que seja do seu agrado”, comenta.

Selig sugere que o comprador avalie diversos itens antes de optar pelo imóvel que vai adquirir. “É importante ficar atento a aspectos como mobilidade, equipamentos públicos e infraestrutura de comércio e serviços, a fim de certificar-se de que o bem escolhido vai atender às suas necessidades e de sua família, inclusive num contexto de longo prazo, considerando que o pagamento se dará num horizonte de 35 anos”, ressalta.

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