A Sanepar é responsável pela coleta do lixo gerado na faixa de banho, transporte e destinação final de resíduos sólidos. As bases de apoio ao trabalho são as tendas localizadas em Caiobá e Flamingo (Matinhos), Guaratuba, Ipanema e Shangri-lá (Pontal do Paraná). Todo o lixo coletado é direcionado para os aterros sanitários da região.
A dona de casa de Curitiba, Gilda Maria Messias Franco, dá o exemplo quando o assunto é cuidar da praia onde costuma passar os finais de semana, feriados e férias no Litoral do Paraná. “A praia limpa é bem melhor. É saúde. Eu venho sempre com minha família e me preocupa muito se a praia está em condições ou não. Quando venho para a praia, trago minha sacola para levar o lixo de volta para casa, mas nem todo mundo é assim”, afirma.
Durante o dia, a limpeza das praias é feita com o uso de carrinhos de mão, utilizados em pequenas distâncias e há ainda oito veículos de carga (dumper), que podem transportar até duas toneladas de resíduos. À noite, são utilizadas seis saneadoras de areia, equipamentos para peneirar e aerar as areias secas, retirando resíduos de menor tamanho, como cacos de vidro, palito de sorvete, objetos cortantes, bitucas de cigarro, tampinhas de garrafa, entre outros.
De acordo com o supervisor da equipe de coletores, Jair Franco, o serviço de saneamento da areia é essencial. “As máquinas saneadoras são como tratores que, à noite, revolvem a areia numa profundidade de 10 centímetros. Durante o dia, o sol mata os germes, saneando a areia”, detalha.
O casal Cláudio e Irani Tomadon mora em Palmeira e frequenta o Litoral do Paraná há 20 anos. Para Cláudio, que é farmacêutico, a praia está melhor. “Isso ajuda até os empresários a investir em melhorias. Eu já vi a máquina passar, é excelente. Caiobá era uma praia conhecida no Brasil todo. Se o turista vê que a praia está limpa, ele volta, traz os parentes, fala para outras pessoas. Mas, se estiver suja, aí é difícil”, afirma.
Jorge Lourenço, que vende coco e bebidas na praia há 20 anos, conta que costuma trazer o seu saco de lixo. “Gasto cem sacos por mês, mas a gente sabe que nem todo mundo recolhe o lixo, muita gente joga tudo na areia. Antes, dava vergonha de ver. Agora está louco de bom”, comemora o vendedor, que mora no bairro Vila Nova, em Caiobá.