Os apartamentos residenciais de luxo vêm apresentando a maior variação do preço de venda, alta de 4,8%, que chegou a uma média de R$ 2,15 milhões na capital. Ainda na comparação entre os meses de setembro e agosto, ao mesmo tempo em que registrou incremento de 2,8% na oferta de imóveis (num total de 1.551 unidades), o segmento de luxo apresentou baixa do estoque, com redução de 3,5% do montante de unidades disponíveis para a venda. O desempenho foi o segundo melhor entre os padrões, atrás apenas do especial (imóveis de um dormitório), que contabilizou uma redução de unidades em estoque de 8%.
De acordo com a gerente da Senzala Imóveis, Augusta Coutinho Loch, os imóveis de luxo sempre tiveram venda garantida em Curitiba, mesmo para o segmento de usados, ainda que em velocidade diferente das unidades econômicas. Na imobiliária, as edificações de luxo representam 20% da carteira de imóveis. “O setor ganhou mais evidência porque o preço de venda dessas habitações aumentou, chamando ainda mais a atenção dos compradores”, explica.
A tecnologia usada nos empreendimentos é apontada como a principal evolução dos imóveis e luxo nas últimas décadas. Augusta cita ainda outros fatores que conferem esse status ao imóvel. “O padrão de construção deve ser elevado, não apenas quanto ao imóvel em si, mas também na área comum, portaria e garagens”, ressalta. A gerente diz que ainda que, normalmente, o edifício tem um apartamento por andar, este com quatro dormitórios, área privativa média de 300 metros quadrados e de três a quatro vagas de garagem. Em Curitiba, esses empreendimentos estão concentrados nas regiões do Batel, Champagnat, Cabral e Ecoville.
Segurança, comodidade e bem-estar são os motivos que levam o comprador a optar por um imóvel de luxo. Geralmente, o público é formado por casais com idade acima de 40 anos, com dois filhos ou mais, e renda familiar acima de R$ 40 mil, com intenção de compra para moradia. Segundo Augusta, esse público opta por dar no mínimo 50% do valor do bem como entrada e financiar o saldo restante em curto prazo. “Muitas vezes o pagamento é à vista”, destaca.