“É difícil agradar, sempre tem alguém que não concorda, mesmo com a decisão que parece mais acertada e com o apoio da maioria. Não tem jeito, o síndico nunca agrada a todo mundo”, comenta Carlos Samuel de Oliveira Freitas, advogado e diretor de condomínios e jurídico da Imobiliária Primar Administradora de Bens.
Freitas comenta que essa é uma função que pode exigir tanto da pessoa que já está se tornando comum a figura do “síndico profissional”. “O síndico profissional é aquele que não mora no condomínio, mas recebe salário para administrar tudo. Uma profissão como qualquer outra”, explica.
O caixa do condomínio é um dos pontos mais delicados. Manter o equilíbrio das contas é complicado. Em alguns casos, até um conserto necessário como a troca de uma peça do elevador pode gerar uma grande confusão. Além disso, existem os problemas administrativos, o comportamento agressivo – tanto da parte do síndico quanto dos moradores, – o síndico que não quer sair do cargo… “São inúmeras questões que precisam ser pensadas antes de assumir o cargo. Geralmente não são atendidas as vontades de todos e, muitas vezes, a taxa de condomínio aumenta, – aumentando também a insatisfação com o síndico” ressalta Freitas.
O síndico é presença necessário em um condomínio, mas o que fazer quando a maior parte dos moradores começa a ficar insatisfeita com na sua atuação? Segundo Freitas existem duas maneiras nde retirar um síndico do cargo: deforma amigável ou jurídica.
“É preciso lembrar que, mesmo destituído, o síndico continuará sendo morador, por isso o mais indicado é evitar um clima desagradável e resolver as questões de maneira amigável”, aconselha. Para isso, é preciso que os condôminos insatisfeitos se reúnam e peçam que o síndico renuncie. Havendo acordo, o processo continua e é preciso colocar uma nova pessoa no cargo.