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As mudanças na vida pessoal e profissional são os principais estímulos para a aquisição ou a troca do imóvel. Segundo a gerente da Senzala Imóveis, Augusta Coutinho Loch, os separados representam aproximadamente 20% da clientela da imobiliária. A tendência é um aumento desse público e, consequentemente, dos lançamentos e oferta de imóveis para atender esses clientes. “Muitos precisam de um apartamento pequeno para locação nessa transição, normalmente pelo período de um ano, até ele se adaptar à região que escolheu e partir para a compra do seu imóvel”, conta.
Augusta diz que a idade varia entre 30 e 50 anos e que, geralmente, é o homem quem sai de casa. Por isso, a prioridade é por imóveis mobiliados, especialmente apartamentos com um dormitório, área privativa média de 45 metros quadrados e uma vaga de garagem. Dependendo da região da cidade, o aluguel varia entre R$ 700,00 e R$ 1,5 mil por mês. “Nesse caso, a agilidade na busca da nova moradia conta muito”, ressalta.
Localização e preço continuam sendo itens prioritários para a escolha do imóvel para quem está voltando ao status de solteiro. A proximidade do trabalho é uma vantagem, mas Augusta diz que não é um fator essencial. “Às vezes, a pressa é tanta que ele se limita às opções disponíveis no momento. O importante é que a mobília esteja em perfeito estado e seja completa em todos os cômodos”, destaca a gerente da Senzala Imóveis. Também não há delimitação de região. Não raras vezes, a nova moradia é num bairro diferente do anterior. “Busca-se tranquilidade, a um custo razoável”, cita.
Ao contrário, a existência de serviços no local em que se reside, como supermercado, açougue e panificadora, e até mesmo no próprio condomínio, como pay per use (pago pelo uso, em inglês), é bastante valorizada para quem vai morar sozinho. “Nesse cenário, têm destaque os imóveis novos que estão prontos para morar, que contam com uma área privativa mais enxuta, mas com todo o aparato de serviço”, comenta a gerente da imobiliária.
As construtoras e incorporadoras parecem estar atentas a esse público, que junto com os viúvos e solteiros, são conhecidos como single. Ainda segundo levantamento da Ademi/PR, os apartamentos de um dormitório correspondem, em média, a 15% dos lançamentos da capital paranaense. O recorde de unidades colocadas à venda em Curitiba, nessa tipologia, foi em 2011, quando a representatividade chegou a quase 22% do universo total, contabilizando 2.397 imóveis novos. No ano passado, foram lançados 1.381 apartamentos de um dormitório na capital, com participação de 19% no total de unidades ofertadas por construtoras e incorporadoras na cidade.
