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A participação da construção civil na geração de emprego no Paraná apresentou crescimento de 12% em relação ao período de janeiro a julho do ano passado, com a criação de mais de 10 mil novos postos de trabalho. Além disso, pesquisa realizada pela entidade demonstrou que 50 mil famílias manifestaram intenção de compra do imóvel até o fim deste ano. “Em média, 30% destas famílias devem concretizar a compra no período”, disse Selig. Soma-se a este cenário, a facilidade de acesso ao crédito. Somente a CAIXA prevê R$ 7 bilhões em financiamentos imobiliários neste ano, o dobro do que vem sendo feito.
Os lançamentos continuam a acontecer na cidade, tanto que o número de apartamentos residenciais novos, de janeiro a julho, é o segundo maior desde 2007, totalizando 4.704 unidades. Entretanto, os empreendimentos estão ficando mais enxutos. Dados da Ademi/PR revelam que 68% deles têm até 100 unidades. Os megaempreendimentos, com mais de 300 unidades, totalizam apenas 2% da produção imobiliária da cidade. “Este cenário é positivo tanto para o consumidor, que pode encontrar opções de imóveis semelhantes ao desejado, dentro da sua capacidade de pagamento, em diversas regiões da cidade, quanto para o mercado, que dispõe de uma oferta pulverizada”, destacou Selig.
A Velocidade de Vendas de Novos Sobre a Oferta (VSNO) mantém-se acima de 10. “Isto é o dobro da média histórica da cidade, o que mostra um equilíbrio entre a oferta e a demanda”, completou. A maior parte dos lançamentos, que coincide com a principal busca atual, é de apartamentos residenciais novos de R$ 250 mil a R$ 400 mil, com dois e três dormitórios. Os bairros Ecoville, Centro, Portão, Água Verde e Pinheirinho concentram os lançamentos na capital paranaense.
Os imóveis novos continuam a valorizar. Levantamento da Ademi/PR também revela que o preço do metro quadrado, área privativa, para os apartamentos residenciais, de janeiro a julho, cresceu 15%, em média, comparado ao mesmo período do ano passado, chegando a R$ 4.891,00. Selig explicou que o aumento dos custos da construção, especialmente dos terrenos, puxou a alta do preço dos lançamentos.
De dezembro de 2008 a maio de 2012, houve alta de 71% a 105% no preço dos terrenos na capital paranaense, considerando a variação do metro quadrado privativo dos apartamentos novos e o percentual correspondente ao valor de permuta do empreendimento, variando de 15% a 18% do Volume Geral de Vendas (VGV). As despesas com mão de obra cresceram 45% e a com materiais de construção 5%, no período.
Perspectivas para o setor
O montante de apartamentos residenciais novos entregues neste ano, em Curitiba, deve ser de 14.096 unidades, volume 27,8% maior do que em 2011. De acordo com Selig, a maior parte dos imóveis está vendida e as revendas serão absorvidas. “Existem diversas opções de imóveis novos no mercado, facilitando a busca pela moradia a um preço que a renda do comprador permite com possibilidade de financiamento e pagamento no longo prazo”, afirmou.
A expectativa é de valorização entre 10% e 15% dos imóveis novos e crescimento acima de 4% da construção civil até o fim do ano. Selig afirma que o preço dos lançamentos imobiliários em Curitiba não vai cair. “A tendência é de estabilização do valor de venda, mas com valorização, embora esta venha a se dar em índices mais modestos do que os de anos anteriores”, prevê.