“O perfil do público do evento foi bem comprador. Percebe-se, a cada ano, um crescimento no número de pessoas que visitam a feira com a intenção de tirar a proposta, fechar o negócio e adquirir a casa própria e não apenas de conferir as novidades do mercado”, afirma Selig.
O número de negócios gerados na mostra também surpreendeu os expositores. O resultado oficial deve sair apenas nas próximas semanas, mas a organização da feira imobiliária acredita que o volume de vendas realizadas e encaminhadas no evento deve chegar a R$ 50 milhões, montante 11% maior do que a edição passada.
Na Hestia Construções e Empreendimentos, o volume de negócios realizados e originados ficou próximo aos R$ 10 milhões, compreendendo imóveis novos, materiais de acabamento, móveis e artigos de decoração. “Este desempenho se deve, em parte, pelo fato de a empresa ter apartamentos em localização privilegiada, próximo à região central, com dois e três quartos, perfil que compreende a maior parte da busca por imóveis novos em Curitiba”, explica o gerente regional da construtora, Aloizio Henrique Pereira.
Estreante no evento, a Swell Construções e Incorporações também comemora o resultado, contabilizado quatro vendas, além de 10 propostas. “Vários clientes que estiveram na feira visitaram o plantão de vendas e estão em processo de negociação para compra do apartamento. Nosso pré-lançamento, na Praça da Ucrânia, também foi bem aceito”, afirma a diretora de marketing e compras da empresa, Vanessa Pissetti.
Na Thá, foram nove apartamentos comercializados nos cinco dias da feira imobiliária. “O resultado ficou acima das nossas expectativas. O comprador veio sabendo o que ele queria e a maior parte adquiriu o imóvel com a finalidade de moradia”, relata a gerente de vendas da companhia, Ana Valeria Dias Martins.
A procura foi grande no segmento econômico, para imóveis enquadrados no Minha Casa Minha Vida. O sócio da Construtora Bouw, de São José dos Pinhais, Ronaldo Carvalho da Silva, conta que a empresa comercializou 20 apartamentos dentro do programa federal e que conta um cadastro de mais de 150 interessados. “Nosso público é formado pelos casais jovens que buscam o primeiro imóvel. A maioria das vendas foi para pessoas que hoje moram em Curitiba”, descreve.
O bom desempenho também se deu para os imóveis de alto padrão, com valor acima de R$ 600 mil. “Notamos que o público veio bem mais direcionado ao tipo de produto e padrão que a construtora trabalha. Tivemos uma média de 15 a 20 atendimentos por dia de pessoas que querem trocar seu imóvel por um maior, com melhor padrão e localização”, afirma a gerente comercial da Laguna, Isabel Raad Carneiro.
Busca de financiamento se concentra em imóveis de R$ 100 mil a R$ 300 mil
Fotos: Divulgação
A CAIXA registrou 400 atendimentos qualificados na Feira de Imóveis do Paraná, que compreendem simulações e informações sobre financiamentos para pessoas com interesse real em aquisição de imóvel. Segundo o gerente regional do banco, Vilmar José Smidarle, o número foi 50% maior do que o da edição anterior. “Nós percebemos que grande parte das pessoas que procura um imóvel compreende os casais com idade de 25 a 45 anos. Muitos também buscam um segundo imóvel, agregando um financiamento”, comenta.
Dados da instituição financeira revelam que cerca de 70% dos atendimentos se deram para imóveis com preço de R$ 100 mil a R$ 300 mil. Outros 20% fizeram simulações e buscaram informação sobre contratação de empréstimo para imóveis com valor até R$ 100 mil. A procura de financiamento imobiliário para a compra de imóveis com valor acima de R$ 300 mil ficou em 10%. A amostra compreendeu 250 atendimentos realizados nos cinco dias da feira imobiliária.