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Outros três ex-governadores estão na mesma situação (Roberto Requião, Jaime Lerner e Mario Pereira), mas a discussão em ações populares no Tribunal de Justiça pode estender essa suspensão a outros ex-governadores e suas viúvas (como é o caso da pensão de Arlete Richa, mãe do atual governador Beto Richa e viúva de José Richa).
De acordo com o advogado do ex-governador Orlando Pessuti, Rodrigo Pironti, “o Órgão Especial do Tribunal de Justiça pode, neste caso, fazer justiça, ao anular a cassação da verba de representação realizada por um processo irregular do atual governador e permitir a continuidade do recebimento pelos ex-governadores até que o Supremo Tribunal Federal se manifeste sobre a inconstitucionalidade do pagamento”.
O advogado informou, ainda, que está tramitando no Supremo Tribunal Federal (STF) uma ação direta de inconstitucionalidade – ADIN – proposta pelo Conselho Federal da OAB, que contesta o pagamento da verba e que – no mérito – ainda não foi apreciada. Acrescentou que tramitam no TJ ações populares questionando o recebimento por outros ex-governadores e suas viúvas.
Segundo Pironti, o pedido de vista do processo feito pelo desembargador José Augusto Aniceto deverá voltar a julgamento daqui há duas semanas, ocasião em que ele apreciará todas as teses trazidas ao processo, dentre elas, o voto favorável que abriu a divergência do desembargador Paulo Hapner e o voto favorável em pedido de vista do desembargador Carlos Mansur Arida. O pagamento da verba de representação aos ex-governadores foi cancelado em março de 2011 pelo governador Beto Richa.