Estudo feito pela América Economia Intelligence, encomendado pela Visa, aponta que entre os anos de 2010 e 2011 o comércio eletrônico cresceu 43% no Brasil e movimentou US$ 25 bilhões. Os números positivos fizeram com que nosso país alcançasse o posto de primeira nação latino-americana a conseguir que as vendas online atingissem 1% do seu PIB. De acordo com Carlos Cruz, diretor do IBVendas (Instituto Brasileiro de Vendas), com o auxílio do e-commerce, as empresas têm condições de levar os seus produtos para qualquer lugar do mundo. Por isso, ele ressalta que é importante criar estratégias específicas para vender à distância. “As companhias que investem em infraestrutura, com uma equipe comercial e de atendimento ao cliente qualificada e serviço de entrega eficiente, conseguem garantir melhores resultados ao fim do mês”, define.
O levantamento também apontou que Brasil e América Latina mostraram um crescimento significativo nessa área nos últimos dois anos. Segundo a avaliação, entre os fatores determinantes no comportamento de aquisição da população estão: maior segurança e confiança no momento da compra, plataformas de negociação de canais como o social commerce (comércio por meio das redes sociais), reformas governamentais, aumento do nível de bancarização e o maior uso de meios de pagamentos eletrônicos, como cartões de crédito, por exemplo.
“A maioria das pessoas que realiza compras pela internet busca conforto, ou seja, procura alternativas para otimizar o tempo e evitar transtornos, como, por exemplo, fugir das filas, trânsito e shoppings lotados. Conhecendo o perfil dos consumidores, é possível adotar métodos diferenciados de atendimento e criar abordagens específicas para cada caso”, explica Carlos Cruz.
O estudo ainda mostrou que, após o Brasil, com 59,1%, os países com maior participação de compras via web da América Latina são: México (14,2%), Caribe (6,4%), Argentina (6,2%), Chile (3,5%), Venezuela (3,3%), América Central (2,4%), Colômbia (2%) e Peru (1,4%).
Para o ano de 2012, é esperado que nosso país tenha um aumento de 26% no comércio eletrônico, para 2013 a estimativa é maior ainda, de 28,5%. Além disso, com a popularização da internet móvel, espera-se que até 2015 os números relativos à atividade de compra sejam mais altos, pois a penetração de smartphones deverá chegar a 50%.
“O vendedor precisa estar atento às movimentações do mercado. Ele não pode parar no tempo, por isso a importância de sempre procurar por cursos de atualização e se adequar aos novos cenários. Os clientes que sabem exatamente o que precisam para satisfazer as suas necessidades conseguem comprar facilmente pela internet e o papel dos vendedores profissionais é oferecer soluções diferenciadas por meio dos produtos e serviços que permitam conquistar clientes novos, fidelizá-los e, até mesmo, reativar os inativos com mais facilidade”, aponta Carlos Cruz.