Este movimento está acontecendo, em grande parte, porque a sustentabilidade virou uma demanda de mercado. O metro quadrado dos empreendimentos certificados fica mais valorizado e ocorre um aumento da velocidade de ocupação e de comercialização, enquanto há uma diminuição do risco do investimento — diz Felipe Faria, gerente de relações governamentais e institucionais do GBC Brasil.
Segundo ele, é inegável que o aumento da atividade de construção civil no país estimula os pedidos de certificação. O interesse de muitos empresários é a redução de cerca de 10% nos custos operacionais (energia, água, segurança, investimento em TI ) de um prédio sustentável em relação a um comum. De acordo com Faria, ao longo da vida útil de uma edificação, o valor gasto na parte operacional dela representa cerca de 80% de seu custo total.
No Brasil
Este movimento de construção sustentável está elevando o padrão técnico do mercado, o que beneficia a indústria dos produtos ecológicos e que têm sua matéria-prima composta de reciclados.
No Brasil existem atualmente três tipos de certificação de empreendimento sustentável: Leed (americana, oferecida pelo GBCB); Aqua (certificação brasileira, da Fundação Vanzolini) e a Breeam (inglesa, oferecida pelo Building Research Establishment). Todas cuidam de questões como eficiência no uso de água, energia, do descarte de resíduos, do estacionamento e de todos os fatores relacionados ao impacto ambiental. No entanto, os critérios para a concessão dos selos variam.
No ranking de empreendimentos em busca da certificação Leed, o Brasil está em quarto lugar, depois de Estados Unidos, Emirados Árabes Unidos e China. O Brasil contabiliza 503 registros e 46 certificados Leed, desde 2007.