“Na verdade, eu cuidava do parque fechado, porém, o locutor escalado para o evento faltou, o Deco Muniz (organizador), me convidou, e acabei narrando a largada promocional, e a premiação da prova. Já tinha experiência com locução em rádios e eventos locais, mas nunca locução de rali”, explicou Caiano, que completa agora sete anos na cobertura das principais provas do país.
Após seu primeiro contato na competição paulista, Caiano recebeu o convite para trabalhar no Mitsubishi Cup, uma das competições mais tradicionais no cenário off-road. “Fui contratado pelo Detlef, um grande amigo, e chefe incrível, que acabou me levando para ser o profissional que sou hoje, que conhece o rali por completo como um todo, e não somente a locução”, disse.
Entre as principais provas em que trabalhou, inclui as duas últimas edições do Rally Internacional dos Sertões, considerado o segundo maior rali do mundo, além do Transparaná, Transbahia, Rally Berohokã, Suzuki Adventure, Paulista de Velocidade, Paulista Off-road , Jipe Clube Curitiba , Copa Norte de Rally, Copa Sul de Rally, Rally Megacidadão, entre outros. Com tanto trabalho, Caiano conta que chega a ficar 180 dias longe de casa. “É muito tempo viajando por esse imenso Brasil”.
E Caiano não para, já traça planos para novos projetos. “Fechei uma parceria com o Maurício Neves e Armando Mirando, com o XRC, para ser locutor oficial. Com isso, vai reascender o Rally de Velocidade no Brasil. Estamos conversando também com outros clientes em sigilo, aliás, clientes sensacionais. Por enquanto não posso adiantar nada, mas com certeza será um grande grupo”.
Por conhecer de tão perto o esporte, Caiano faz questão de defendê-lo, e acredita no potencial do rali, que pode conquistar cada vez mais espaço na mídia, e na preferência dos brasileiros. “No último Transparaná, que terminou dia 31 de janeiro, vi um adesivo que dizia que o Brasil não é só futebol. Além de viver e respirar o rali, sou um entusiasta, apaixonado de verdade. Divulgo o esporte aos amigos, e mesmo não sendo locutor, fiquei muito feliz com a continuidade da Copa Peugeot. Prego mais incentivo ao automobilismo, em todos os segmentos. É triste, por exemplo, ver o Rio de Janeiro com problema no autódromo, mas por outro lado fico feliz em atitudes isoladas como o XRC, pois prova que com luta e perseverança vamos adiante”, finalizou.