Pesquisa mostra recuperação do mercado imobiliário

“Este grande número de lançamentos é o resultado do movimento de recuperação do mercado imobiliário na capital paranaense, que permaneceu estagnado entre 1999 e 2005, acumulando uma demanda reprimida”, explica o presidente da Ademi-PR, Gustavo Selig. Segundo ele, a média histórica de Curitiba era de 1,8 mil unidades verticais, residenciais, lançadas por ano. “Acreditamos que nos próximos três ou quatro anos este volume deve se estabilizar, porém em um patamar superior a 3 mil unidades lançadas por ano”, prevê.

Dos apartamentos novos disponibilizados no mercado, 4.910 unidades (49%) corresponderam às habitações com dois dormitórios. Em 2007, os apartamentos de três dormitórios representavam 50% dos lançamentos residenciais da capital paranaense, enquanto os de dois dormitórios não ultrapassavam 24%. No comparativo com 2007, os imóveis de dois dormitórios tiveram alta de 414%. Em relação a 2009, o crescimento foi de 34%.

Os principais fatores que estimularam a mudança no perfil dos empreendimentos novos foram  o aumento do poder aquisitivo da população e a busca da casa própria pelos jovens, garante Selig, destacando que além disso, os apartamentos de dois e três dormitórios têm área privativa praticamente igual. Imóveis com dois quartos não são mais moradias pequenas.

Os bairros Ecoville, Portão e Água Verde lideram a oferta de apartamentos residenciais novos em Curitiba. Em relação à faixa de preço, os imóveis standart (de R$ 200.001,00 a R$ 300 mil), e econômico (de R$ 120.001,00 a R$ 200 mil) lideraram a oferta, totalizando, juntos, 46% dos imóveis verticais disponibilizados para a venda.

O levantamento da Ademi-PR também mostrou um crescimento nos lançamentos de edifícios residenciais com mais de 300 unidades em Curitiba, que passou de 7%, em 2009, para 15%, no ano passado. Em 2006 e 2007, a capital paranaense não teve nenhum lançamento com mais de 100 unidades.

A participação dos empreendimentos com 100 a 300 unidades também cresceu nos últimos três anos, passando de 19%, em 2008, para 37%, em 2010. Nos próximos anos, Selig acredita que estes condomínios devem migrar para regiões mais afastadas da área central. “Hoje os grandes terrenos estão ficando mais escassos e caros, quanto mais próximos do centro”, analisa.

Mesmo com o aumento da oferta, os preços não caíram na capital paranaense. O valor médio do metro quadrado, área total, teve alta de 33,6% de 2008 a 2010, passando de R$ 1.919,22 para R$ 2.564,29. “Existe um grande número de apartamentos disponíveis, mas também há uma alta velocidade de venda, o que dá o equilíbrio entre oferta e demanda e faz com que os imóveis se valorizem”, avalia Selig.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *