Mercado imobiliário aquecido atrai o pequeno investidor

 

A pesquisa também revelou que casas e apartamentos estão na mira dos investidores, ambos respondendo por 44% da preferência. Os sobrados aparecem em seguida, com 12% de aceitação deste público. Segundo o diretor-geral da Galvão Vendas, Gerson Carlos da Silva, não existe um padrão de empreendimento definido para investimento, principalmente entre aqueles que pretendem revender o bem adquirido. “Isto depende muito da relação entre oferta e demanda. Empreendimentos com uma demanda maior, e alta velocidade de venda, são os mais recomendados”, afirma.
 
De acordo com Silva, as unidades habitacionais adquiridas na capital paranaense para este fim atendem, em sua maioria, o pequeno investidor. “Este comprador não é o especulador, mas aquele que fez a aquisição uma única vez para ter uma poupança ou diversificar a renda”, descreve.
 
Entretanto, o diretor-geral da Galvão Vendas recomenda cautela para quem pretende ingressar no negócio. Silva conta que itens como a comissão de venda, taxas de cessão de direitos e de lucro imobiliário devem entrar no cálculo de valorização do imóvel para revenda. Também é importante analisar a concorrência resultante de futuros lançamentos, com o mesmo perfil de produto e localização, bem como o estoque de unidades no mesmo empreendimento à venda pela construtora, estas com prazo maior e condições mais flexíveis de pagamento.
 
“Vale lembrar que o investimento imobiliário é um investimento de médio e longo prazo. Aqueles que pretendem comprar e revender em seguida podem não conseguir realizar a rentabilidade desejada. Também é importante avaliar se, com a renda que será obtida com a revenda, é possível comprar um imóvel na mesma localização, com o mesmo tamanho”, alerta Silva.
 
O diretor-geral da Galvão Vendas comenta ainda que, se a negociação falhar, o comprador continua responsável pelo pagamento do saldo restante, referente à aquisição do imóvel. “Quando se compra com este objetivo, a revenda geralmente se dá próximo da entrega. Mas é um risco grande porque, se a transação der errado, o comprador terá que assumir e quitar os valores a pagar”, comenta.
 
Para ele, as revendas não devem gerar um excesso de oferta no mercado. “Existe uma grande demanda resultante do crescimento populacional, da ascensão econômica dos consumidores, da estabilidade econômica e da abundância de recursos para financiamento, o que impulsiona a troca do imóvel. Além disso, muitos jovens estão buscando a casa própria. Por outro lado, construtoras e incorporadoras estão criteriosas em sua política de lançamentos e a tendência é que os terrenos fiquem ainda mais caros, distribuindo melhor a oferta”, explica.
 
Silva diz que o setor deve continuar em franco crescimento e com valorização ascendente. “Nos últimos anos, houve uma recuperação do preço do metro quadrado em Curitiba porque nada justificava que ele fosse tão inferior ao de outras capitais brasileiras, visto que os custos de construção são semelhantes. Hoje isto está mais nivelado e, a partir de agora, a valorização se dará naturalmente, seguindo a alta dos insumos”, analisa.

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