Internautas criticam despesas de R$ 6 mi com mandatos temporários

O gasto milionário com mandatos temporários de suplentes no Congresso e na Assembleia Legislativa do Paraná, em pleno recesso parlamentar, vem causando indignação entre os participantes do fórum de discussão desta semana fomentado pela Rede de Participação Política – iniciativa apartidária da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep) em parceria com a Federação das Associações Comerciais e Empresariais (Faciap).
 
Época de férias de verão, este janeiro de 2011 propiciou empregos temporários para 6 senadores, 45 deputados federais e mais 3 novos deputados estaduais. Eles acabam de assumir vagas de parlamentares que deixaram os cargos para assumir outras funções, às vésperas do início da nova legislatura (2011-2015), que começa no dia 1.º de fevereiro.
 
Apesar do recesso, terão direito a benefícios que, somados, podem gerar uma despesa de R$ 6 milhões. A posse dos suplentes está prevista na Constituição Federal, mesmo em uma época sem atividades legislativas. “É impressionante a cara de pau dos nossos representantes. O nosso sistema político é uma fonte própria e com garantia real de “roubo legal”, onde os caras recebem um valor absurdo para ficar viajando e falando “porcaria”. Tem que haver a Reforma Política urgente, temos que mudar muitas normas, procedimentos, leis e decretos que se tornam em regalias aos políticos. Em muitas vezes se planejam e fazem de tudo a qualquer custo para estar nessa política podre que vive hoje o Brasil”, desabafa o participante de Toledo, Odair José.
 
Para o londrinense Dimas Souza Costa, a solução para diminuir os custos passa pela redução do número de parlamentares. “A questão é: pagamos em dobro? Não. Temos que pagar ao titular do mesmo modo se não assumir o suplente? Então não vejo razão para protestos, pois nestas épocas e circunstâncias o titular também não faz nada. O melhor mesmo é fazer pressão para reduzir o número de deputados e senadores. Os Estados Unidos com 52 estados têm 400 deputados e 100 senadores. Aqui poderíamos, muito bem, ficar com 250 deputados e 50 senadores”, sugere. 
 
Antonio Carlos Wanderley, de Curitiba, também concorda com a ideia e diz ainda que a proposta poderia estender-se aos legislativos estaduais e municipais. “Estes números dos EUA mostram que a viúva é riquíssima e com isto muitos locupletam-se com o erário. Mas, infelizmente, quem muda isto são os mesmos, portanto, não podemos esperar nenhuma mudança, exceto se entidades sérias e comprometidas com a ética, moral e honestidade encabecem um projeto popular e o povo pressione para aprovação”, ressalta.
 
O tema continua em discussão até a próxima segunda-feira (17) pelo site www.participacaopolitica.org.br.

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