Já o parasita presente em cães e gatos (Ancylostoma braziliensis) pode causar infecção, mais conhecida por bicho geográfico. De acordo com a médica, os animais parasitados depositam suas fezes, assentando os ovos que se desenvolvem no calor e na umidade. “Após penetrar a pele, as larvas deslocam-se, causando coceira que pode ser de moderada a intensa”, explica Dra. Isabela. O diagnóstico é feito por exame clínico. “O tratamento deve ser iniciado o quanto antes e é importante ressaltar que não se devem fazer tratamentos caseiros, pois há risco de outras infecções”, alerta.
Para a micose, além da consulta clínica, às vezes precisa de exames específicos, como o micológico direto e coleta de cultura. Para tratar o problema, são receitados medicamentos antifúngicos. Segundo a dermatologista o uso de cremes sem orientação médica mascara os sintomas e dificulta o diagnóstico.
Prevenção e proteção
As micoses podem ser prevenidas mantendo a pele sempre limpa e seca, evitando o uso de calçados fechados, roupas de tecido sintético que não absorvam o suor ou umidade e secar bem o corpo após o banho. “Cuidados também devem ser tomados com animais de estimação, que podem ser transmissores de doenças. No caso de micose de unha, deve-se ter sempre o seu material de manicure e pedicure”, ensina a dermatologista.
A Dra. Isabela orienta que para prevenir o bicho geográfico, é importante a conscientização da sociedade, ao não levar animais de estimação para a praia. “Uma medida preventiva seria desvermificar os animais de estimação. E, não andar descalço em locais onde há a possibilidade de contato com fezes de animais, como por exemplo, parques, praias e campos de areia”, enumera a médica.
A dermatologista enfatiza que nesta época é importante usar repelentes de insetos e protetor solar, mas pondera: “É necessário lembrar que não devem ser aplicados juntos, pois diminui a eficácia do protetor solar”.