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Segundo a diretora da Nuna Planejamento e Marketing Imobiliário, Adriana Samaan, o conceito também começa a ganhar força nas construções voltada ao segmento econômico, como os cadastrados no Minha Casa, Minha Vida.
“A proposta inicial é de melhoria dos espaços que já existiam no condomínio, como a praça e o parque, para que o usuário tenha beleza e qualidade estética nestes locais. Num segundo momento, a ideia é que estas áreas sejam mantidas por profissionais terceirizados”, explica. Para Adriana, esta estruturação da área comum não reflete em redução no tamanho dos imóveis ou aumento do preço de venda. “As plantas para este segmento são sempre enxutas, com ambientes bem dimensionados”, descreve.
De acordo com a diretora da Nuna, é importante pensar em áreas integradas e de fácil acesso, com materiais da alta durabilidade e de fácil reposição a fim de proporcionar uma percepção maior de qualidade e estética, aliada a um baixo custo de manutenção. “Para este tipo de empreendimento são utilizados conceitos como economia, inteligência, sustentabilidade e tendência. O objetivo é conceber espaços que poderiam ser públicos, mas são privados e mantidos de forma cuidadosa”, conta.
Churrasqueiras externas, jardim, redário, brinquedoteca, amplo salão de festas, horta, pomar e praças de convivência, com jogos como dominó e xadrez, são os itens de lazer mais comuns nos empreendimentos projetados para o segmento. “O que muda são os valores e os acabamentos, mas atrás do portão de um condomínio econômico existem itens de lazer semelhantes ao de um para a classe média-alta”, comenta Adriana.
Como exemplo a diretora cita o Dream Life, um dos primeiros empreendimentos voltados para o segmento econômico e com esta proposta em Curitiba, que foi lançado antes mesmo do anúncio do programa habitacional.
Localizado no Sítio Cercado, o condomínio, entregue em julho de 2009, tem mais de 15 itens de lazer, entre eles, quadra de areia para vôlei e futebol, salão de festas, churrasqueira gourmet, playground infantil e baby, brinquedoteca, circuito de caminhada, estação externa de ginástica, três praças e jardins. Os apartamentos tem área privativa de 66 a 78 metros quadrados e foram comercializados por um preço médio de R$ 105 mil. “Todas as unidades estão vendidas”, informa Adriana.
Adriana diz que, independente do padrão, conta-se com o auxílio de um profissional especializado para planejar, decorar e equipar os ambientes de lazer dos condomínios. “Hoje tanto as casas decoradas, quanto a área comum, são constituídas por meio de um arquiteto de interiores. Há alguns anos atrás, esse não era um serviço padrão às edificações econômicas”, compara.
Lazer que exige a conscientização para a conservação dos equipamentos. Com este fim, construtoras e incorporadoras promovem, durante o período de obras, reuniões regulares entre um técnico social e os futuros moradores, onde são repassadas normas de funcionamento do condomínio. “Isto é fundamental não apenas para proporcionar diferentes possibilidades de desfrute da área comum, mas também para orientar sobre como utilizar este espaço sem deixar de conservá-lo”, diz Adriana.