Parceria entre Prefeitura de Curitiba e ONG dá destino útil para lixo tecnológico

O instituto está instalado em um barracão cedido pela Agência Curitiba, no bairro Sítio Cercado. “Curitiba mais uma vez se tornou uma cidade referência na pesquisa e destinação desse tipo de lixo tecnológico”, afirmou Juraci Barbosa Sobrinho, diretor-presidente da Agência Curitiba.

Empresas que participam dos programas ISS Tecnológico e Curitiba Tecnoparque, da Agência Curitiba, doam resíduos tecnológicos para o Biet. Todo material que chega ao instituto passa por uma triagem para ver se os equipamentos ainda estão em funcionamento. “Temos o compromisso de dar o destino correto para o lixo eletrônico”, afirmou o engenheiro civil e fundador do Biet, Maurício Beltrão Fraletti.

Fernando Fraletti, sobrinho de Maurício, separa o material, desmonta e testa os equipamentos. Monitores e teclados de computadores que ainda funcionam são usados para fazer inclusão digital em escolas e comunidades carentes. O que não funciona mais é usado para aulas de robótica para crianças a partir de 5 anos, de escolas municipais, estaduais e particulares.

Em dezembro de 2009, alunos da Escola Municipal Érico Veríssimo, no Sítio Cercado, montaram uma árvore de Natal com 48 monitores de computadores. Também foi montado um presépio com peças de computadores e outros aparelhos eletrônicos.  

Os equipamentos que não podem ser mais utilizados, nem para os cursos, vão para reciclagem. “Cada tipo de material tem uma destinação diferente. O plástico vai para determinada empresa, o cobre vai para outra. Cada equipamento eletrônico tem um plástico diferente, tem uma temperatura de derretimento diferente”, disse Fernando.

“Recebemos o lixo tecnológico gerado em Curitiba, principalmente das empresas que participam do Curitiba Tecnoparque e do ISS Tecnológico, que são empresas de base tecnológica. Todo material que vai para reciclagem é destinado para empresas que seguem normais de segurança e não agridem o meio ambiente”, afirmou Maurício Fraletti. O instituto também realiza parcerias com universidades para desenvolver pesquisas para destinação final dos materiais eletrônicos.

Agendamento

Além de empresas, qualquer pessoa que possuir um aparelho eletroeletrônico que não funcione (computador, telefone, celular, impressora, televisão, rádios, pilhas, baterias, eletrodomésticos portáteis, vídeos, filmadoras, ferramentas elétricas, aparelhos de DVDs e brinquedos eletrônicos, por exemplo) pode levar até o barracão onde o instituto Biet recebe e separa o material.

O endereço fica na rua Ignez de Lourdes Gomes de Macedo, 51, no Sítio Cercado. De acordo com Fernando Fraletti, as pessoas também podem agendar por telefone que o instituto vai pegar nas residências o material. Quem tiver algum tipo de lixo tecnológico e quer doar pode ligar nos telefones 3289-8856 e 9652-0741 e agendar a doação.

Tudo o que envolve tecnologia pode ser levado ao barracão. Para Juraci Barbosa Sobrinho, o programa de reciclagem do lixo tecnológico é mais um passo que consolida o Tecnoparque de Curitiba como uma solução única, preocupada com a geração de empregos de alto valor agregado, com foco em pesquisa e desenvolvimento de tecnologias. “A Agência já tinha a preocupação em não atrair empresas poluentes, e agora, com a reciclagem desses materiais, agregamos ainda mais valor à preocupação com a questão ambiental dos nossos programas”, disse Juraci.

“A parceria com Curitiba é fundamental para o instituto, pois a cidade é vista internacionalmente como ecologicamente correta”, definiu Maurício Fraletti. O instituto Biet é uma ONG sem fins lucrativos.  

 

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