Está cada vez mais comum a procura de atendimento terapêutico para crianças e adolescente, pais relatando a dificuldade de socialização, empatia, concentração e comunicação de seus filhos. Mas o que está criando essa onda de diagnósticos de TDAH (Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade) nas nossas crianças e até jovens adultos?
Precisamos entender que com o surgimento de novas tecnologias, o homem deixou de ser analógico e passou a ser tecnológico, nós que sempre precisávamos criar e interferir manualmente em um processo, seja ele qual fosse, hoje temos tudo pronto, a um toque de distância; e com essa facilidade ao acesso de informações sobrecarregamos nosso cortéx pré-frontal e não damos tempo de nosso cérebro digerir tudo o que recebe, cada dia a urgência em receber algo novo, cria ansiedade e esgotamento mental.
Porém, as crianças são as mais prejudicadas nos dias atuais, elas não possuem a função do Consciente formado, apenas Subconsciente, que é a função automática da mente, que não julga, não critica e não filtra, apenas recebe informações e grava. O excesso de informações durante a infância pode causar muitos prejuízos, tanto emocionais como cognitivos no desenvolvimento dessa criança.
O excesso de informações pode causar ansiedade e estresse, pois as crianças podem sentir que precisam acompanhar tudo o que está acontecendo ao seu redor, isso pode causas também dificuldade em dormir e falta de qualidade do sono. Além disso, crianças podem ficar expostas a informações inapropriadas para sua idade e começam a pular etapas na vida, deixam de viver a infância.
Como comentado anteriormente o cérebro se sobrecarrega e isso reduza qualidade de aprendizado e concentração, o que acaba sendo um desafio para os educadores também, que veem a necessidade de desenvolver novos métodos de ensino para conquistar a atenção dos alunos. O hábito de leitura também fica totalmente prejudicado, pois para-se de utilizar todas as áreas cerebrais, que acabam se atrofiando, não esqueçam que nosso cérebro é um músculo e ele precisa de estímulos diferentes.
Mas o que considero o pior efeito do excesso de informação é, que quando uma criança entra em contato muito cedo com um celular, tv, computador ou vídeo game, ela está se conectando com uma máquina e isso faz ela perder o referencial humano, então essa criança tem dificuldades em se socializar porque não consegue criar empatia e se colocar no lugar do próximo, ela fica tão presa ao mundo virtual que não consegue lidar com a realidade, isso acaba se tornando uma espécie de “fuga”, não sei como lidar com aquela situação ou pessoa, então vou me isolar no mundo em que conheço e posso ser quem sou.
Se seu filho apresenta essas características que citei, não perca tempo, ajude ele a se conectar com sua “humanidade”, para que ele se torne um adulto saudável e equilibrado.
Por Luzia de Fátima Pontes Aurélio, parapsicóloga clínica formada pelo IPAPPI (Instituto de Parapsicologia e Potencial Psíquico), com especialização em Neurociência, Psicologia Positiva e Mindfulness pela PUCPR e graduanda de Ciência da Felicidade pela Unicesumar. Contato: (41) 99997-4652