Depressão na população idosa é mais comum do que as pessoas imaginam

Muitos dizem que a depressão é o mal do século e, de fato, essa condição psiquiátrica pode surgir frequentemente sem aviso prévio, acarretando diversas consequências para a saúde. Devido à sua natureza multifacetada, é comum que ela afete não apenas o aspecto psicológico, mas também a saúde física, o funcionamento cognitivo e as interações sociais das pessoas diagnosticadas.

Embora saibamos que, em geral, as doenças não fazem distinção, quando se trata da depressão, podemos dizer que ainda existem grupos mais suscetíveis a experimentar esses sintomas e muitas vezes de forma mais intensa. É o caso dos idosos, cuja faixa etária os torna particularmente vulneráveis.

“Os idosos têm uma maior propensão a vivenciar esse quadro devido à situação de vulnerabilidade social, às limitações decorrentes de diferentes doenças e ao sentimento de inutilidade que podem carregar, por precisarem de apoio em funções que antes realizavam sozinhos”, afirma Solange Pinto, assistente social especialista em gerontologia.

Fatores como a perda da autonomia nas atividades diárias, que passa a se refletir em vários níveis, dificuldades para dormir, problemas de memória e o uso de diferentes medicamentos que podem causar sintomas depressivos também influenciam diretamente o surgimento do transtorno.

Ademais, o envelhecimento traz outra série de desafios que intensificam mais esses sentimentos, como a perda de entes queridos e a diminuição das atividades sociais, que perdem a frequência vivida na juventude. Além do isolamento, que passa a ser mais comum nessa fase da vida.

Ainda de acordo com os pesquisadores da Unicamp, o risco de desenvolver depressão dobra pelo simples fato de o idoso morar sozinho.

Fique atento aos sinais:

Geralmente, é comum que o idoso apresente alguns sinais que indicam que algo está errado. Todos eles devem ser levados a sério e servir de alerta para a busca de ajuda profissional: apatia, diferentes queixas de saúde, que não levam a nenhum diagnóstico, falta de interesse pelas coisas que antes gostava, isolamento e diminuição cada vez maiores nas interações sociais, permanecer deitado por longos períodos. alterações no sono e no apetite.

A especialista afirma que, para evitar o surgimento da depressão nesse grupo, é crucial, antes de tudo, oferecer atenção e tempo de lazer. “Além disso, é fundamental incentivá-los a participar de diversos grupos e atividades na comunidade em que residem, assim como a manter uma rotina regular de consultas médicas”, finaliza.

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