A Galeria Zilda Fraletti, primeira galeria de arte contemporânea de Curitiba e um dos players de arte mais importantes do sul do Brasil, confirma sua participação na 19ª edição da SP-Arte, principal feira de arte da América Latina, que este ano acontece de 29 de março a 02 de abril. O evento que tem como cenário o imponente Pavilhão da Bienal, receberá mais de 160 expositores provenientes de oito países e 20 cidades brasileiras.
Disposta a repetir a leveza de sua participação nas duas edições de 2022, os sócios da Galeria Zilda Fraletti apresentarão uma afinada seleção de artistas e obras que remetem à alegria. “É preciso relembrar a força do sensível, a capacidade que possui um gesto criativo – mesmo que mínimo – de encontrar a surpresa no comum. Afinal, o mais arrebatador na arte são aqueles primeiros instantes, em que a lógica é suspensa e os sentidos nos acordam para o novo. Já passamos por turbulências demais nos últimos tempos. É preciso não esquecer que a beleza ainda existe e é necessária”, destaca Zilda.
Participação expressiva
Como recorda Carlos Cavet, a Galeria paranaense obteve no último ano um ótimo resultado na SP-Arte. “Organizamos nosso estande de forma acolhedora e estratégica a partir de um mix de cores, formas e texturas. E, apesar das inúmeras galerias participantes no evento, nosso espaço, além de interessante em termos de volume de obras e público, realizou negócios expressivos durante e após a Feira.
Elenco
Entre os artistas selecionados pela Galeria Zilda Fraletti, a produção do mineiro Dee Lazzerini concentra-se na criação de “corpos artificiais” e “novos seres” que partem de experiências microscópicas dentro da área biológica. O curitibano Emerson Persona busca a representação do corpo e da natureza em grandes formatos, usando técnicas como a pintura, o desenho e a colagem, e fazendo uso de figuras de animais e plantas no tamanho A3.
A catarinense Juliane Fuganti tem como base a natureza e, por meio do uso de diversas técnicas, como pintura, gravura, fotografia e cerâmica, faz surgir imagens quase bucólicas e cheias de significado. Verônica Filipak, por sua vez, tem seu trabalho baseado em tecidos costurados para construir paisagens oníricas cheias de formas e tramas.
Para o curitibano André Mendes e o mineiro Iuri Sarmento, as curvas e as cores são presenças garantidas. André cria elementos orgânicos com aspecto de sonho, que marcam a passagem do físico para o metafísico. Já os coloridos trabalhos de Iuri trazem um “barroco reinventado”, com uma roupagem mais contemporânea e que tende para o alegórico.
O jogo cromático de formas de Bruno Marcelino e do baiano Jean Araújo, dois outros selecionados, instigam os olhos mais atentos. Com produções que primam pela união entre cor, luz e superfície, Bruno mostra que não há limites para o que o olho pode perceber entre uma linha e outra de suas obras lineares. Já Jean utiliza a arte óptica para provocar a percepção do espectador, combinando tons claros e escuros, opacos e brilhantes, formas e linhas, que vibram ao olhar.
O paulistano Alexandre Frangioni foi escolhido pela forma como conversa com o público, com um humor leve e cheio de acidez nas entrelinhas, buscando traduzir na pintura uma percepção em relação ao tempo, espaço e valores na sociedade contemporânea. Suas obras bebem na engenharia, área na qual é formado, e que o guia pela exploração de materiais e tecnologias variados.
Os paranaenses Rogério Ghomes, Marcelo Conrado e Cleverson Oliveira apresentarão trabalhos que transportam o espectador para paisagens urbanas e naturais que parecem “esconder segredos”. Rogério parte de fotografias enigmáticas que vão além de meros registros, sugerindo um universo espiritual e existencial.
Com foco principal na pintura e na fotografia, Conrado tem como base a pesquisa e a investigação criteriosa. Professor de Direito, explora temáticas como legitimidade e justiça social em suas obras. Cleverson atua em campos multidisciplinares para explorar os limites da imagem. Da produção mais recente, destacam-se os trabalhos de desenho em papel e tela usando materiais simples, como pó de grafite, lápis e marcador permanente.