Cabe ao governo abrir portas, criar instrumentos e mecanismos para fazer negócios e fomentar a integração
A Associação Comercial do Paraná (ACP) promoveu a Missão Comercial com o Ministério de Indústria e Comércio do Paraguai. O evento contou com a presença do Ministro da Indústria e Comércio do Paraguai, Luis Alberto Castiglioni, a Vice-Ministra da REDIES, Estefania Laterza, Juan Ángel Delgadillo, Embaixador do Paraguai no Brasil e Antonio Carlos dos Santos, Presidente da Câmara de Comércio Paragay Brasil. O objetivo do encontro dos representantes paraguaios com a ACP foi discutir as oportunidades de negócios entre as empresas paraenses e do país vizinho.
Na ocasião, o presidente da ACP, Camilo Turmina, lembrou da importância da relação dos países e comprometimento entre os povos, em que muitos empresários brasileiros investem em indústrias paraguaias. “Por isso, receber a comitiva do Paraguai foi edificante, onde os representantes do país demonstram o interesse em avançar nas relações comerciais entre os países, especialmente com segurança jurídica que tanto sentimos falta. Nós precisamos avançar na questão de tributos e taxas, que são diferentes e não nos permite uma transação de produtos e serviços, uma vez que cada país tem um mecanismo de taxação diferente”, disse.
Para ele, é preciso que a América Latina como um todo evolua na questão tributária e de legislação. “Se nós conseguirmos balizar esta questão, como é a comunidade econômica europeia, podemos transformar a América Latina em um local com economia pujante e muito mais forte do que é hoje. Teríamos produtos e serviços melhores com preços menores”, completou.
Já para o representante do país vizinho, Ministro Luis Alberto Castiglioni, a visita ao Brasil tem como objetivo visitar os estados do Paraná e de Santa Catarina como parte de um processo de um estreitamento de relações comerciais pós pandemia de COVID-19 para reaquecer as relações comerciais entre o país e os estados. “O Brasil é um país quase que continental, com realidades econômicas diferentes das nossas, por suas características próprias de suas regiões, e por isso queremos chegar não pensando apenas nas capitais, mas nos relacionando com territórios prósperos com oportunidades com as quais queremos nos aproximar e fortalecer. Neste sentido, o Paraná é uma potência, um país, e por isso queremos ter uma relação mais estreita e é nossa obrigação aproveitar todas as oportunidades que nos oferece esta região”, disse.
Já para o coordenador do Conselho de Negócios e Relações Internacionais da ACP, Antoninho Caron, o papel da ACP no fortalecimento desta relação entre os países é de extrema importância. “É necessário criar instrumentos e mecanismos para fazer negócios, às universidades discutir ideias, intelectualizar e preparar alunos, mas cabe ao empresário fazer negócios e fomentar a integração para a troca de tecnologias, compra e venda de produtos, que é o que fomenta a economia. A ACP é uma casa de negócios, por isso nada mais justo do que promover este encontro”, disse.
