A Copel concluiu mais uma etapa do projeto que está modernizando o gerenciamento das redes de distribuição em todo o Paraná
A partir de agora, todas as 454 subestações da companhia que operam em 34,5 kV (quilovolts), 69 kV e 138kV serão controladas remotamente, em Curitiba, pelo Sistema Avançado de Gestão de Distribuição (ADMS, na sigla em inglês). Este sistema moderniza a operação remota das subestações, facilita o serviço dos operadores e permite que, em caso de desligamento, a energia seja restabelecida com muito mais rapidez.
A tecnologia substitui os antigos sistemas de gerenciamento XA21 e SASE, este concebido e desenvolvido na própria companhia há mais de 20 anos. “As ferramentas antigas desempenharam um papel fundamental, mas apresentavam determinadas limitações para a operação do sistema. Por isso fomos em busca de uma solução de mercado, que coloca a Copel na vanguarda da automação dos sistemas de gerenciamento da rede de distribuição”, ressalta o gerente do departamento de Projetos Especiais da Distribuição, Paulo Bubniak.
O sistema ainda é inédito no setor elétrico no País e a Copel é uma das três empresas brasileiras que está implementando a tecnologia. Os benefícios já estão sendo percebidos. “O novo sistema ADMS proporciona maior flexibilidade operacional para a equipe do Centro Integrado da Distribuição (CI-DIS), uma vez que agora qualquer mesa de operação pode atuar em todas as subestações, o que antes não era possível. Isso significa que podemos operar as subestações com mais eficiência e agilidade, o que se traduz em maior confiabilidade do fornecimento de energia aos clientes”, acrescenta Bubniak.
O ADMS é uma tecnologia de ponta que ajuda na supervisão e no controle – em tempo real – de subestações de distribuição de energia elétrica em diversas regiões. Diferente do antigo sistema, que possuía apenas um módulo de supervisão e controle, esse novo sistema integra quatro módulos: SCADA (supervisão e controle), OMS (gerenciamento de interrupções e restabelecimento de energia), DMS (otimização da rede de distribuição) e EMS (otimização da subtransmissão). O primeiro módulo foi concluído e os demais devem ser implementados nos próximos meses.
Além de unificar toda a operação em um único ambiente, o ADMS automatiza operações que antes eram realizadas manualmente. Por isso, é esperado que o fornecimento de energia se torne mais eficiente. Segundo o gerente do projeto, Sergio Milani, o novo sistema deve facilitar e agilizar o trabalho dos operadores.
PRÓXIMAS ETAPAS – Concluída a implementação do sistema em todas as subestações de distribuição, agora as equipes do projeto vão se concentrar em novas frentes. Primeiro o ADMS será estendido a outros equipamentos da rede elétrica utilizados para restabelecer a energia em caso de desligamento. Com isso, haverá uma maior integração entre as redes, linhas, subestações e outras estruturas.
Em um segundo momento, as manobras da operação serão automatizadas. Quando isso ocorrer, a rede de distribuição terá capacidade para identificar problemas, acionar respostas e restabelecer a energia sem que precise de um comando humano.
Além de automatizar a operação da rede, ele também vai aprimorar a segurança cibernética na distribuição. “Trata-se de uma tecnologia moderna, que trabalha com um servidor mais robusto, o que aumenta a segurança do funcionamento da rede”, acrescenta Bubniak.