A professora e médica veterinária Roberta Scomparin Nandi explica que os animais de estimação não possuem estrutura óssea e muscular capaz de suportar os traumas e lesões que eventualmente podem acontecer em um acidente.
“Diferente dos humanos os pets não suportam os impactos automobilísticos. As lesões são inúmeras indo de simples luxações até casos mais graves como traumas de crânio, contusão pulmonar, pneumotórax, múltiplas fraturas, amputações traumáticas e até mesmo o óbito do animal”, destaca.
De acordo com a médica veterinária é necessário trabalhar o lado psicológico do cão antes de pegar a estrada. Isso significa que não basta apenas acomodar o animal dentro do carro e pegar a estrada, mas também prepará-lo.
“De início para um pet desacostumado é essencial adaptá-lo ao automóvel, para isso eu sugiro algumas atividades como o simples ato de fazê-lo entrar e sair várias vezes do carro, isso vai parecer uma brincadeira para ele e sempre você deverá recompensá-lo com um petisco. O segundo passo é levar o cão para andar de carro por poucos minutos e se for possível nesse passeio leve-o a parques e/ou praças para que após o período de estresse no automóvel ele possa relaxar. Com essas atitudes eles irão associar o passeio de carro a algo agradável.
Para os felinos o transporte é mais tranquilo”, comenta a professora.
Outro ponto de atenção é a alimentação dos bichinhos antes dos passeios, o jejum é a melhor forma de evitar os enjoos, com isso, oferecer a refeição três horas antes da viagem. A água também deve ser evitada de forma excessiva. Se o trajeto for longo, o ideal é recorrer a medicações orientadas pelo médico veterinário.
Para auxiliar os tutores a médica veterinária separou algumas dicas: faça paradas a cada duas horas para que o animal possa fazer suas necessidades fisiológicas. Nessas paradas dê água para hidratação do animal e evite alimentação, mas em casos de trajetos longos dê pequenas frações; não deixe a temperatura interna muito baixa (ar condicionado):
Mantenha a temperatura do carro próxima a temperatura externa. Nada de ar-condicionado em temperatura muito baixa. Pois, pode ser prejudicial para a respiração do seu pet, ocasionando problemas respiratórios futuros; leve os brinquedos e mantas:
Leve os acessórios utilizados pelo animalzinho para que ele se sinta em casa. No caso das caixas de transportes, coloque o próprio cobertor do animal como forro para reforçar a ideia da casa.