O contágio direto acontece por três vias: troca de secreções, contato sanguíneo ou mordida; a doença também pode ser transmitida de forma indireta, ou seja, o pet pode ser contaminado ao lamber ou morder um objeto que teve contato com um animal com raiva. Os principais transmissores da doença são morcegos, guaxinins, gambás e macacos, que contaminam os pets de forma acidental.
O vírus age primeiro no sistema periférico de cães e gatos, ou seja, no local da mordida. Depois, ele se replica pelo organismo até atingir o cérebro, causando uma série de reações neurológicas. “A doença age no sistema nervoso central e evolui de forma progressiva, dessa forma, o animal contaminado perde o domínio da sua capacidade física e psíquica se tornando, irritadiço, agressivo e descoordenado em todos os sentidos”, explica a médica- -veterinária Fernanda Ambrosino.
“Nos primeiros dias os animais apresentam mudanças repentinas no comportamento, como medo, ansiedade, excitação ou depressão. Outra característica é que os animais se tornam agressivos e apresentam alterações nos reflexos. Essa fase dura em média quatro dias, após esse período, os sintomas neurológicos se acentuam. O cão pode apresentar dificuldade de engolir, salivação excessiva, falta de coordenação nos membros e paralisia. É nessa fase que a salivação excessiva começa”, detalha Fernanda.
A raiva não tem cura e não existe tratamento para enfermidade, sendo dessa forma, fatal para os animais e seres humanos afetados. Ao suspeitar que o animal está contaminado, o tutor deve buscar ajuda profissional imediatamente.
A prevenção é fundamental para manter cães e gatos protegidos. Por isso, realizar a vacinação contra a raiva é extremamente importante. No caso dos filhotes, é indicada a imunização a partir do quarto mês de vida. Já os animais adultos devem ser vacinados devem ser vacinados anualmente.