Madeira é material versátil para ambientes internos e externos

Versátil e resistente é, literalmente, “pau para toda obra”, como diz o ditado popular. Na decoração de interiores também é indispensável para quem gosta de uma estética atemporal e sólida, mesmo em espaços menores.

Segundo a arquiteta Cristina Cardoso, quando se pensa em madeira na decoração, o imaginário geralmente leva a um local rústico, pesado e, muitas vezes, caricato. “Esse  é um equívoco muito comum, pois são estereótipos que revisitamos em publicações, cenários, ambientes artificialmente produzidos para reforçar a presença da madeira como material natural e essencialmente bruto”, pontua. No entanto, a madeira é tão versátil que se adapta facilmente desde ao universo campestre até aos ambientes mais luxuosos. “O material se alia aos mais diversos estilos de arquitetura e decoração. Traz aconchego aos ambientes mais despojados e modernos, seja em detalhes de mobiliário ou em pequenos objetos de decoração e uso cotidiano”, explica.

A arquiteta ressalta que, pela versatilidade, a madeira possui características que agregam impacto visual, estético e funcional tanto na parte externa quanto na interna do imóvel. “Não há uma regra na utilização da madeira ou de quaisquer outros elementos na composição da arquitetura e interiores. O que existem são as características e limitações impostas pelo próprio material. Há aqueles que são voltados para áreas externas e outros para as internas, com restrições de uso apenas devido ao seu comportamento com relação à exposição ao tempo, ao local onde será aplicado e às demais condições do entorno. Obedecendo essas restrições, a madeira pode ser amplamente utilizada em ambientes externos e internos”, ressalta Cristina.

Nos ambientes externos, há inúmeras ideias de utilização da madeira, seja em casas ou prédios, com a construção de telhados, estrutura, fechamento de paredes, esquadrias, pisos, decks, pergolados e revestimentos. Ainda na área externa, a madeira pode ser a escolhida para piso de áreas sociais e íntimas chamadas “secas”. De acordo com a profissional, essa opção traz conforto térmico e visual às pessoas que ocupam esses espaços. “Com os devidos procedimentos de tratamento e manutenção, a madeira permanece como elemento durável e de grande personalidade na arquitetura”.

Na área interna dos imóveis compactos, Cristina  salienta que a madeira também pode ser usada na composição dos ambientes, seja no mobiliário ou em uma infinidade de outros exemplos de aplicação como protagonista ou peça auxiliar. “A presença de móveis e objetos de madeira eleva  a sensação de aconchego nos ambientes, tornando a experiência visual e sensorial muito mais agradável. Contudo, em espaços mais compactos, o uso excessivo de madeira de tonalidade mais forte – em painéis, móveis, piso e objetos – pode resultar em um ambiente muito carregado de informação, pesado, escuro, dando a impressão de ser ainda menor”, comenta.

 

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