Diante de um ano atípico que foi 2020, o mercado da construção civil, assim como tantos outros, voltou seus olhos para o setor da tecnologia. A necessidade de inovação, de fazer a diferença, de prezar pela otimização de tempo, praticidade e segurança nunca foram tão despertadas como atualmente. Para o setor, uma das tendências evidenciadas para 2021 é o chamado BIM (Building Information Model), uma tecnologia que permite gerar projetos digitais com altos níveis de detalhamento.
De acordo com o engenheiro da construtora Hugo Peretti, Hugo Leonardo, a chegada do BIM no setor é semelhante a transformação vivenciada anos atrás. “É o mesmo processo de quando os projetos saíram do papel manteiga e foram para o AUTOCAD. Agora estamos saindo dos projetos em 2D e entrando num conceito de integração BIM: projeto, planejamento, orçamento e cronograma de obra em um único software”. Em Curitiba (PR), a construtora utiliza a nova ferramenta em seu projeto Weiss de Castilho, empreendimento em construção no Juvevê.
A tecnologia BIM permite a criação de modelos 3D da construção e análise com maior precisão do projeto como um todo, desde incompatibilidades durante todas as fases da obra, até a disposição dos elementos arquitetônicos em conjunto com a estrutura e as instalações, para então se chegar a um bom planejamento de obra. Com a alta tecnologia do sistema é possível verificar altos níveis de detalhamento garantindo a qualidade das obras, além da economia e agilidade nos processos. Com o BIM, por exemplo, é possível checar a quantidade de materiais a serem utilizados e suas especificações, reduzindo os desperdícios.
Segundo o engenheiro, o uso do sistema para a obra é uma redução de retrabalhos. “Trata-se de um atalho para compreensão maior dos projetos e análise das disciplinas simultaneamente. Para o cliente final, é um projeto mais fácil de ser entendido e mais fiel ao que foi executado, evitando prejuízos na hora de furar paredes e na execução de reformas”.