Levando em conta que esse é um dos ambientes da casa que mais pede funcionalidade e praticidade no dia a dia, a escolha certa dos eletrodomésticos é primordial para facilitar essa rotina, que vai desde o armazenamento até o preparo dos alimentos.
A arquiteta Júlia Guadix acompanha as novidades e gosta de contar com as características dos modelos e as necessidades de cada residência para especificar em projeto. A profissional também coloca como papel do profissional de arquitetura o suporte para avaliar questões técnicas como medidas para o planejamento da marcenaria e o posicionamento das tomadas, bem como observar as voltagens que estão diretamente relacionadas ao quadro de energia da casa.
Acompanhe o check list preparado pela arquiteta:
Geladeira
Quando o assunto é a escolha da geladeira, Júlia logo enfatiza que o modelo deve apresentar a tecnologia Frost Free, que por conta do sistema de refrigeração controlado eletronicamente garante a não formação de gelo nas paredes e elimina o degelo. Quanto às medidas, é preciso levar em conta não apenas o vão de encaixe, mas também o espaço para ‘respiro’ do eletrodoméstico, que é indicado no manual do produto elaborado pelos fabricantes, e o espaço para abertura das portas.
Cooktop e forno
As cozinhas atuais seguem com a tendência de posicionar cooktop e forno de forma separada. Em relação à fonte de energia – a gás (por botijão ou natural, de forma encanada) ou elétrico –, são definidos de acordo com a preferência dos clientes, como pelas condições oferecidas no projeto. A arquiteta revela a predileção pelo sistema elétrico, já que a indução se traduz como mais eficiente e seguro na rotina diária. Olhando para os fornos, Júlia também avalia os elétricos como mais apropriados, pois promovem aquecimento uniforme e descomplica o acendimento e controle da temperatura. Os modelos de embutir, que podem ser elétricos ou a gás, se revelam mais ergonômicos, pois podem ser colocados na marcenaria em uma altura que facilita o manuseio na colocação e retirada de assadeiras e refratários.
Micro-ondas
Foi-se o tempo que o micro- -ondas era utilizado somente para esquentar pratos e estourar pipoca. Essencial para o bom funcionamento da cozinha, o tamanho, em litros, deve ser avaliado antes da compra. Para casais ou para quem mora sozinho, a arquiteta indica um modelo de 20 a 25 litros. Porém, se a ideia forfazer preparos maiores e a se casa apresentar mais habitantes, a indicação é por versões acima de 30 litros.
Lava-louças
Item essencial para quem quer economizar água e ficar menos tempo arrumando a cozinha, a máquina de lava-louça tem ganhado cada vez mais espaço nos projetos e deve ser escolhida de acordo com o tamanho da família. A redução do consumo do recurso hídrico pode alcançar a marca de até 85%, principalmente quando é ligada em sua capacidade máxima.
Coifa
Com a integração da cozinha com a área social ou até mesmo com a lavanderia, a coifa passou a ser item fundamental no projeto devido à sua capacidade de filtrar a gordura e eliminar os odores dos alimentos. Tanto no exaustor quanto no depurador, a gordura é retida nos filtros metálicos que visualizamos de baixo para cima. A diferença está no processo: enquanto o exaustor joga os odores e vapores para o exterior por meio de um duto, o depurador leva esse ar para um filtro de carvão e o devolve ao ambiente, eliminando a necessidade do duto de ar.