A compra de um novo apartamento implica em mais decisões do que se imagina. Ao receber as chaves da construtora, abrir as portas para o vazio que ecoa dos ambientes por todos os metros quadrados do imóvel e, imaginá-lo decorado de acordo com os sonhos cultivados por tantos meses de espera, enche o coração do novo dono de alegria. Pensando nessa questão, arquitetos dão dicas visando reaproveitamento de materiais originalmente escolhidos e padronizados pelo construtor.
1) Momento da observação
Ao receber o imóvel pronto, morador e o profissional devem observar todos os detalhes com uma atenção mais apurada. A arquiteta Erika Mello indica avaliar os acabamentos e revestimentos de pisos e paredes, testar torneiras e vasos sanitários, conferir o caimento do banheiro para o ralo, quadro elétrico, tomadas e interruptores. “Aconselho também uma inspeção apurada nos caixilhos, portas e janelas para atestar se foram instaladas corretamente e se fazem o movimento normal de abrir e fechar”, diz Pati Cillo.
2) Acabamentos originais x Decoração
As construtoras entregam os apartamentos com acabamentos padronizados e determinam o que não pode ser modificado. O arquiteto Renato Andrade afirma que a fachada de um apartamento é parte mais complicada para ser trabalhada, já que os revestimentos ficam à mostra na fachada do prédio. Mas é possível alinhar o acabamento original que geralmente adentra a varanda com uma decoração ao estilo do morador.
Dentro da futura residência, os tons neutros prevalecem na entrega do apartamento. Após a avaliação sugerida na passo anterior, é possível aproveitar o revestimento empregado em piso e parede dos ambientes. Diante dessa viabilidade o profissional de arquitetura parte desse ponto para continuar na escolha das peças a serem utilizadas no décor.
3) Economia
A arquiteta Pati Cillo garante que indicar o que pode ser mantido na obra faz com que o cliente reforce sua confiança com o profissional contratado. Tanto ela, como Renato e Erika são enfáticos em destacar que a transparência e a consciência são fundamentais nessa vivência com proprietário do imóvel.
Além da parte financeira, o reaproveitamento de materiais se traduz em um consumo consciente e sustentável. “O quebra-quebra de um piso sem critérios e apenas por querer trocar deve ser evitado, já que a conduta produz um lixo desnecessário e provoca impacto ambiental”, finaliza Renato.