Ter uma reserva financeira é difícil para a maioria dos brasileiros. Na opinião de Tatiana Schuchovsky Reichmann, diretora-superintendente da Ademilar Consórcio de Investimento Imobiliário, o desafio vem de um contexto histórico. “Economizar é difícil porque sempre priorizamos o prazer imediato, isso faz parte da nossa cultura. Na década de 90, com a inflação flutuante, era preciso correr para o mercado antes que o preço dos produtos aumentasse. E assim criamos essa sensação de imediatismo. Para quem não tem disciplina para poupar, o consórcio imobiliário é uma opção certeira” explica.
O consórcio funciona como uma poupança programada. O consorciado adquire uma cota com um valor determinado de crédito e paga parcelas mensais para a formação do fundo comum do grupo. Por meio de sorteio, realizado pela Loteria Federal, e lance, um ou mais participantes são contemplados por mês e têm o direito de utilizar o dinheiro arrecado pelo grupo. O crédito pode ser usado para comprar, construir ou reformar imóveis, quitar financiamento ou o saldo devedor de imóvel na planta e até mesmo para planejar uma aposentadoria imobiliária.
O setor de consórcio imobiliário encerrou positivamente o mês de novembro de 2017 segundo dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC). O aumento da venda de novas cotas foi de 34,7%, alcançando-se a marca de R$ 35,8 bilhões em créditos comercializados – um crescimento de 54,9% entre os meses de janeiro a novembro de 2017, se comparado ao mesmo período de 2016.