Segundo último levantamento feito pela Caixa Econômica Federal, 37% dos contratos de financiamento da Caixa Econômica Federal são firmados por mulheres, seja comprando sozinhas ou compondo renda com marido e familiares. Segundo a Caixa, o percentual vem se mantendo ao longo dos anos, especialmente com contratos individuais, sem participação dos maridos. Nas decisões familiares, chama atenção, também, o crescimento do poder da mulher na hora da decisão final de comprar ou não o imóvel.
Segundo André Marin, diretor de Incorporação da Construtora e Incorporadora Laguna, as mulheres são mais detalhistas. “Nada passa despercebido no olhar feminino. Hoje em dia, o projeto arquitetônico, itens de lazer, localização, opções de planta e atendimento são as questões que mais chamam atenção das mulheres”, revela.
Pensando nisso, as construtoras investem cada vez mais em ambientes planejados e inspirados nelas. Percebendo a necessidade de exclusividade, a Laguna também procura personalizar as plantas de seus projetos. “As mulheres gostam de exclusividade. Nós ofereceremos opções de plantas para permitir a adaptação dos espaços ao estilo de vida, criando residências mais pessoais. Isso tem uma grande influência na hora da decisão feminina”, diz.
Ainda segundo Marin, as áreas de lazer são pensadas para a família toda, mas há um foco maior no bem-estar da mulher. “O cotidiano está cada vez mais corrido. Quando você oferece um espaço em que a mulher não precisa sair de casa para relaxar ou fazer exercícios, a qualidade de vida aumenta. Nos apartamentos decorados, por exemplo, damos sugestões de como montar closet e aperfeiçoar os espaços”, explica.
Para Marin, ainda que não haja um estudo concreto por parte das construtoras que determine claramente a participação da mulher na compra de imóveis, é possível sentir um crescimento constante. “O casamento, ainda que seja uma parte importante, não é mais o protagonista e as mulheres empreendem cada vez mais. E mesmo com mulheres que já possuem um núcleo familiar formado, percebe-se que a decisão final ou alterações no projeto partem sempre delas”, finaliza.