Como lidar com a falta de mão de obra

Apesar do aquecimento do mercado da construção civil, a qualificação dos profissionais de base, como pedreiros, serventes, eletricistas e encanadores, não acompanhou esse crescimento e, atualmente, acabou se tornando um obstáculo devido a sua falta. De acordo com uma pesquisa recente realizada pela consultora EY com empresas do ramo, 78% das construtoras afirmam que a falta de qualificação na mão de obra é uma das lacunas na produtividade nos últimos dois anos.

Para o engenheiro civil da Construtora Baggio, João Baggio, o grau de exigência do consumidor em geral aumentou numa velocidade muito maior do que a construção civil conseguiu acompanhar ou evoluir, gerando uma dificuldade em se aliar com uma geração que não aceita erros com o serviço humano. “Basicamente, o mercado atual não tem espaço para pessoas que não forem profissionais em suas áreas. Dentro deste contexto, num setor em que os envolvidos geralmente possuem no máximo ensino fundamental, é gerada uma discrepância ao se exigir uma alta perfeição na prestação de um serviço, com mão de obra que tradicionalmente não é qualificada”, afirma Baggio, que também é gerente de engenharia da empresa.

Esse obstáculo é um dos desafios que a Construtora Baggio enfrenta para manter um padrão de qualidade em seus serviços. Um dos diferenciais da companhia, por exemplo, é disponibilizar profissionais para a execução de cada etapa da obra. Ela trabalha com terceirização de alguns serviços, não apenas com a mão de obra, mas também com arquitetos, engenheiros, decoradores e desenhistas, para dar maior agilidade no andamento das suas construções e evitar deste modo, atrasos, retrabalhos, roubos em obra ou desperdícios de materiais.

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