O novo recinto serve para manejo e reprodução de aves ameaçadas e é coordenado pelo ornitólogo Pedro Scherer Neto, renomado pesquisador de aves e responsável técnico pelo local.
“Este novo espaço, mais apropriado para o tratamento de aves raras e ameaçadas, confirma a vocação do Zoológico Municipal de Curitiba em abrigar animais resgatados em situação de risco”, informa o diretor do departamento de Pesquisa e Conservação de Fauna, Alexander Biondo. A nova área tem aproximadamente 85 metros quadrados.
Biondo explica que os papagaios-chauás estavam anteriormente num recinto menor e com menos infraestrutura do zoo. Eles pertencem a uma das quatro espécies de papagaios do gênero Amazona considerados ameaçados de extinção no Brasil e são alvos de captura para o comércio ilegal de animais silvestres.
Além deles, outros dois papagaios foram encaminhados de outras áreas do zoo para o novo setor. “Algumas destas aves vieram de uma apreensão no Espirito Santo e outros nasceram no zoo de Curitiba”, diz o diretor. Todos foram tratados, vacinados e tiveram conferência de microchips.
Papagaio-chauá
Presente em algumas coleções de aves e em zoológicos, bem como em museus de história natural, a distribuição dos papagaios-chauás se restringe às áreas da região Sudeste, onde a cobertura vegetal arbórea foi praticamente dizimada.
O grupo de pesquisa liderado pelo ornitólogo Pedro Scherer conseguiu excelentes resultados no congresso de Ornitologia na Venezuela e venceu o prêmio no Simpósio Internacional sobre Papagaios nos Estados Unidos.
Como o prêmio era destinado a uma ação conservacionista em cativeiro, o recurso financeiro recebido da Fundação Loro Parque de Tenerife, a maior instituição particular destinada à exposição e criação de psitacídeos do mundo, foi utilizado para construir recintos para a reprodução desta espécie.