Entre os tipos de tumores na pele está o carcinoma basocelular (75% dos casos), mais comum em homens e mulheres de pele clara com mais de 40 anos. E o melanoma, que, apesar da baixa incidência – apenas 4% -, é o mais temido devido à possibilidade de metástase. Segundo a dermatologista do Hospital VITA Curitiba, Fabiane Mulinari Brenner, os tumores se relacionam a alguns fatores de risco, especialmente a exposição demasiada ao sol.
“Deve-se tomar cuidado com a incidência do sol durante todo o ano. A praia, porém, é um espaço que requer maiores cuidados e atenção, pois a água aumenta a irradiação da luz solar em 5% e a areia em 25%”, ressalta. Além disso, nos dias de verão, têm sido comum a incidência extrema de raios UV nas praias brasileiras, o que requer mais atenção com o tempo de permanência ao sol e em relação ao uso e renovação do filtro solar.
De maneira geral, o câncer de pele é mais comum em adultos, com pico de incidência por volta dos 40 anos, segundo o Inca. Entretanto, as últimas estatísticas mostram que pessoas mais jovens têm sido afetadas pela doença, exigindo maior precaução aos sinais. “Os sintomas comuns são feridas que levem mais de quatro semanas para cicatrizar, além de manchas que coçam, descamam ou sangram”, explica Fabiane.
Apesar de curável, é necessário procurar ajuda médica assim que for identificada qualquer anomalia. “Quando não tratado, o câncer de pele pode se espalhar e até mesmo atingir outros órgãos”, salienta.
Outros problemas
O câncer de pele não é o único mal a ser temido no verão. Para Fabiane, outros problemas podem ser tão perigosos quanto. “Manchas na pele, micoses e queimaduras, apesar de parecerem simples, podem causar muita dor de cabeça”, afirma.
As micoses causadas por fungos podem afetar a pele, unhas, cabelo ou virilha, gerando coceira e lesões. “Esses fungos gostam de lugares quentes e úmidos, por isso é recomendável não permanecer com roupa de banho molhada”, explica a dermatologista.
Além do sol, a água e a areia também merecem atenção. “Águas ou areias contaminadas podem resultar em infecções, como bicho geográfico, furúnculos, toxoplasmose e outras doenças. É importante ficar atento e evitar esse contato”, diz.