Entretanto, o médico esclarece que não são apenas o mofo e os ácaros que acarretam alergias: os aquecedores, mesmo os aparelhos aprovados para uso domiciliar, podem provocar uma diminuição da umidade do ambiente e ressecar as vias aéreas. “A baixa umidade contribui para o aumento das infecções, desidratação e diminui as funções protetoras da mucosa nasal – uma barreira natural de proteção contra vírus, bactérias, fungos, alérgenos e poluentes do ar”, destaca o Dr. Coifman. Neste caso, é importante manter o ambiente umidificado.
A rinite alérgica surge com as rinossinusites e as infecções da via aérea superior, incluindo as viroses, faringites e laringites, e não tem como ser prevenida. “O mofo, por exemplo, é um alérgeno, ou seja, uma substância alérgica que causa em pessoas com hiperssensibilidade a inflamação da mucosa nasal e conjuntival”, conta o médico.
Tratamento
O tratamento para cada doença é específico e pode incluir medicações, como, antihistamínicos, antialérgicos sistêmicos e tópicos (nasal), corticóides sistêmico e tópico nasal. Para o médico as causas de obstrução nasal devem ser tratadas para diminuir a incidência de outras doenças das vias aéreas. “Um exemplo é o impacto da rinite alérgica na asma. Estudo feito pela Organização Mundial da Saúde demonstrou que a asma melhora quando a rinite alérgica está controlada”, observa.
O Dr. Coifman comenta que pessoas que apresentam rinite alérgica podem ter desvio do septo, pólipos e outras situações que pioram a respiração nasal. “Esse conjunto de fatores provocam alterações nas atividades físicas das pessoas, no sono e na qualidade de vida, portanto estas doenças devem ser tratadas pelo médico otorrinolaringologista, que poderá avaliar cada situação”, destaca.