Famílias vão às compras mobiliar casa nova

No confronto mês a mês, a produção de artigos de mobiliário em junho de 2011 teve acréscimo de 24,5% sobre mesmo mês do ano anterior e os eletrodomésticos da linha branca, que incluem refrigeradores e máquinas de lavar, incremento de 0,8% na produção industrial. Para Marcelo Ferraz, diretor geral da Credipar, o aumento do crédito imobiliário alavanca a venda de bens de consumo duráveis. “Uma família padrão gasta, em média, 20% do valor do imóvel na hora de mobiliar a casa. Como parte da renda está comprometida com o financiamento de longo prazo, opta-se pela compra parcelada, com prestações que variam entre 12 a 36 meses para adquirir móveis e eletrodomésticos. Estamos atentos às oportunidades desse mercado para concluir novos negócios”, relata Ferraz. A Credipar tem em sua carteira grandes redes varejistas e supermercados e estima que as linhas de crédito abertas para esse setor tenham um incremento de 10% e um aumento no ticket-médio dos financiamentos da ordem de 12%.

Por parte de quem consome, a classe C, que antes sonhava com a casa própria, hoje é responsável por gastos de R$ 20,1 bilhões, de um total estimado em R$ 45 bilhões, com eletrodomésticos e eletrônicos. A explicação para o mercado aquecido é o aumento da renda e do emprego, que nos últimos anos fortaleceu o poder aquisitivo do brasileiro, principalmente dessa classe. Com o mesmo viés, políticas públicas, a exemplo do Bolsa-Família, permitiram a inclusão das classes D e E no mercado de consumo. Juntas, as três classes respondem por dois terços do consumo das famílias.

 

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