O consórcio é uma das opções que está atraindo cada vez mais interessados em comprar imóveis. Somente nos três primeiros meses deste ano as vendas da carta de crédito aumentaram 11,3% comparado ao mesmo período de 2010. “Este sistema tem como vantagem o menor prazo para a liberação. Normalmente os consórcios duram de 60 a 180 meses, enquanto outros tipos de financiamento duram até 30 anos. É um período muito longo e que desestimula muita gente”, observa.
Outro benefício do consórcio é que o consumidor pode utilizar o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) tanto para quitar a dívida e receber a carta de crédito antes do término previsto ou para dar lances com o mesmo objetivo. “A melhor opção é utilizar reservas de dinheiro para dar lances, que agilizam o processo. Se a pessoa for contemplada tem o direito de usar a carta para a compra do imóvel e vai continuar pagando as prestações normalmente”, destaca.
A carta de crédito pode ser utilizada para a compra de imóveis residenciais, comerciais, novos ou usados que estão localizados na área rural ou urbana. Não é estipulado valor máximo nem mínimo para a cota e os juros são menores do que os financiamentos tradicionais. “Não é exigida a comprovação de renda no momento da adesão, apenas quando o titular for contemplado, o que facilita a aquisição da cota e garante mais um ponto a favor desta modalidade de crédito”, acrescenta. A desvantagem está na obrigatoriedade do pagamento do fundo de reserva, das taxas administrativas e de adesão e dos seguros. Todos estes custos podem ser responsáveis por até 20% do valor total das prestações. “Cada negócio possui seus prós e contras e por isso é essencial conhecer todas as opções e escolher a que melhor se encaixa na sua realidade, sem comprometer o orçamento familiar e evitando arrependimentos futuros”, enfatiza.
O consórcio é ideal para quem não tem pressa, afinal não há garantia alguma de que o comprador será o primeiro a ser contemplado. Como há um grupo de pessoas aguardando a contemplação, não há como todos serem sorteados em uma única vez, ou seja, alguém sempre será o último. “Outra desvantagem que este sistema apresenta é que ao final do pagamento das prestações o valor da cota do consórcio pode ser menor ao do valor do imóvel desejado”, pontua.
Bárbara explica que nestes casos o proprietário da carta terá que investir mais dinheiro, proveniente de eventuais reservas ou outros recursos que a pessoa tenha disponível, para completar o valor do imóvel. “Caso contrário ele terá que procurar um bem em outro local, que tenha o mesmo valor da carta de crédito que foi adquirida. O problema é que podem haver dificuldades para encontrar outro imóvel que tenha características semelhantes ao que não pode ser comprado ou a localização pode gerar insatisfação”, alerta.