Para isso, um planejamento prévio de toda a construção é fundamental a fim de prevenir futuros problemas. Para a Construtora Hugo Peretti, que acumula uma experiência no setor de 65 anos, esta prática já faz parte da rotina e evita prejuízos ou atrasos na entrega dos imóveis em Curitiba.
“O planejamento das obras faz parte de uma nova visão na construção civil. Antes o processo era muito empírico, mas a tendência é construir com domínio de todo o processo, levando em consideração aspectos importantes ligados ao como, quando e onde fazer. Não se imagina mais construir sem planejar. É preciso saber quando será a fixação de uma torneira até o assentamento do primeiro tijolo”, afirma o engenheiro civil e vice-presidente do CREA-PR, Gilberto Piva.
Esta prática traz diversos benefícios para a construção civil. Entre eles está a redução do desperdício de materiais, o aumento da produtividade e o consequente comprometimento com o cliente, uma vez que os empreendimentos são entregues no prazo determinado, sem atrasos. “Temos melhor organização com o planejamento e raramente temos problemas durante a obra. Com isso, sempre supervisionamos a qualidade, que é uma exigência do cliente”, afirma o engenheiro civil da Construtora Hugo Peretti, Raphael Mehl.
Logo após a conclusão do projeto arquitetônico, os engenheiros da empresa realizam um estudo sobre como será a dinâmica de trabalho no terreno e a organização do espaço. Mehl destaca que todo o planejamento precisa prever o número de profissionais e o perfil da mão-de-obra em cada fase da construção, a estrutura para movimentação e a acomodação dos trabalhadores (vestiários, refeitórios e sanitários), o volume de material que o espaço irá receber e as áreas para acomodação dos equipamentos que serão utilizados na obra. Aproximadamente 30 dias antes do início dos trabalhos, materiais, equipamentos e equipes precisam estar prontos.
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Elementos importantes para o planejamento
O vice-presidente do CREA-PR alerta que alguns fatores precisam de atenção especial durante o planejamento. De acordo com Piva, as características climáticas da Região Sul interferem diretamente no andamento das obras. “O inverno rigoroso diminui a produtividade das telhas e dos tijolos. É possível prever a compra adiantada destes produtos no cronograma”, orienta. Os períodos de chuvas também interferem no trabalho, principalmente nas obras de fundação, quando os empreendimentos estão descobertos ou na fase de acabamentos externos. É preciso planejar ainda os prazos de entregas dos fornecedores, os equipamentos que serão utilizados e os possíveis deslocamentos de mão-de-obra entre os empreendimentos da empresa.