Um estudo publicado este ano no “The American Journal of Clinical Nutrition” revelou que após uma noite de sono de apenas quatro horas os participantes consumiram mais de 500 calorias além do necessário do que quando dormiram oito horas. Outro estudo divulgado em 2009, da Universidade de Chicago, também revelou que tanto homens quanto mulheres comem mais se dormirem menos. “Há ainda estatísticas que mostram que 70% dos pacientes com apnéia são obesos”, afirma o ortodontista. A apnéia é considerada um dos principais distúrbios do sono e significa “sem respiração”. Ela ocorre quando há obstrução das vias respiratórias e a obesidade é um fator que prejudica a respiração, já que a gordura fecha o canal da faringe, órgão por onde passam os alimentos e o ar. Ela é responsável pela conexão entre o nariz e a boca e entre a laringe e o esôfago.
“O ronco é a demonstração sonora que indica a existência de alguma anormalidade na respiração. Quando há obstrução da faringe o ar não chega até os pulmões, mesmo que haja o esforço respiratório. Se ocorrer o fechamento ou o colapso da faringe então ocorre a apnéia”, esclarece o especialista. Quem sofre desta síndrome – informa o Prof. Köhler – não percebe, mas quando está dormindo simplesmente para de respirar. Segundo ele as interrupções são breves, duram geralmente 10 segundos, e acontecem no mínimo cinco vezes a cada hora de sono. Há ainda a hipopnéia, que ao invés de interromper completamente a respiração, reduz o fluxo de ar de 30 a 50%.
A relação entre a obesidade e o sono é recíproca. “As pessoas obesas podem desenvolver distúrbios do sono devido ao excesso de peso. Já quem tem peso normal, mas não dorme o suficiente ou possui algum distúrbio do sono tem mais probabilidade de ficar obeso”, ressalta Gerson. Uma noite mal dormida reduz os níveis de leptina, substância que influi na saciedade, por isso que dorme menos come mais. Além disso, a falta de sono pode causar problemas endócrinos. Gerson recomenda que para melhorar a qualidade de vida é fundamental dormir bem, se alimentar adequadamente, praticar atividades físicas e ter hábitos saudáveis.
A Ortodontia e Ortopedia Facial possibilitam – entre as diversas modalidades de tratamentos para ronco e apnéias do sono – um protocolo terapêutico que inclui a utilização de aparelhos intrabucais que liberam a faringe para a passagem do ar. Mas recentemente, afirma o especialista Gerson Köhler, surgiu também a possibilidade – sempre em conjunto com especialistas em distúrbios do sono – da utilização de um dispositivo que evita a queda noturna da mandíbula e a consequente abertura da boca. Esta novidade terapêutica, enfatiza Köhler – que é professor convidado da pós-graduação da Universidade Federal do Paraná desde 1988 – exige um correto diagnóstico da capacidade de passagem do ar pelo nariz e pela faringe para ser prescrita e utilizada por quem padece de distúrbios do sono.
Serviço:
Doutor Gerson Köhler (CRO 3921 – PR)
Especialista em Ortodontia e Ortopedia Facial
Rua Comendador Araújo, 143, conj. 42, Centro, Curitiba/PR.
Fone: 41 3224.4883
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