Um edifício situado nas esquinas das ruas José Loureiro e Desembargador Westphalen, no centro de Curitiba, foi multado em R$ 3 mil, por apresentar problemas nas estruturas interna e externa. A multa foi emitida pela Comissão de Segurança de Edificações e Imóveis (Cosedi), órgão da Secretaria Municipal do Urbanismo responsável pela fiscalização predial na cidade. Um dos problemas mais grave é o descolamento do reboco da fachada, um risco para os pedestres que circulam em frente ao edifício.
Na vistoria do condomínio José Correia de Freitas, que foi acompanhada pela síndica, o imóvel foi multado por não ter cumprido a solicitação de instalação de telas para evitar que o reboco caia na calçada. A multa será duplicada diariamente caso as redes de proteção não sejam instaladas. “Se em uma semana o problema não for resolvido, a Comissão estudará a possibilidade de interditar o prédio”, explicou o engenheiro da Cosedi Jorge Castro. “Não podemos deixar que o descaso coloque em risco os moradores e os pedestres”. Na vistoria interna, o engenheiro constatou problemas no funcionamento do para-raio. Ele solicitou ainda um laudo complementar sobre as obras que o condomínio já executou na parte elétrica.
Problemas
O Edifício José Correia de Freitas foi inaugurado em 1952, tem 14 andares, um bloco residencial e outro comercial. Desde 2002, a Cosedi recebe denúncias sobre o prédio. A primeira partiu de vendedores ambulantes que trabalham em frente ao imóvel e reclamaram da queda de reboco.
A Cosedi também solicitou ao condomínio laudos técnicos, mas nem todos foram apresentados. “Estamos intensificando o controle nos condomínios que há muito tempo apresentam problemas, já receberam notificações, não executaram as obras solicitadas e ignoram as oportunidades de diálogo”, afirmou Castro. “Felizmente, eles são uma minoria, pois 98% dos condomínios cumprem com suas obrigações”.
Interdição
Outros três imóveis da região central apresentam problemas e, na semana passada, a Cosedi interditou o edifício Don José, na esquina das ruas Monsenhor Celso e José Loureiro. Desde 2002, o condomínio recebia solicitações de laudos de vistorias técnicas e notificações, mas os avisos foram ignorados.