Portocarrero destacou as ações da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuária e Cooperativismo (SDC) para consolidar o processo de certificação de alimentos e armazenagem no país, como os modelos tecnológicos adotados dentro do PISA. “O Brasil segue a tendência do mercado internacional que exige qualidade e procedência dos alimentos. O consumidor quer saber cada vez mais como o alimento foi produzido e manipulado, desde o plantio até a prateleira do supermercado, dentro das regras de boas práticas agropecuárias e respeito à legislação sanitária e trabalhista, além da preocupação em preservar o meio ambiente”, afirmou. Para ele, o desafio é convencer o produtor a comprar esta idéia, de adoção de modelos de agricultura sustentável, unidos em suas regiões e planejando na forma de bacias. “Não conseguiremos impor a adoção destas tecnologias por decreto, o produtor rural tem que se sentir motivado, contando fundamentalmente com a ação da sociedade organizada”, ponderou.
Após a fala de Portocarrero, o público acompanhou as palestras da segunda rodada de debates. Na avaliação dos organizadores do evento, que segue até esta sexta-feira (6), em Curitiba, o propósito do Simpósio de oportunizar troca de experiências entre pesquisadores provenientes de diversas regiões do Brasil, vem conseguindo assegurar melhor entendimento da relação solo-planta-animal nos sistemas de produção integrados. “Tivemos aqui palestras inéditas como a ministrada pela zootecnista Raquel Caputo, do Ministério da Agricultura, que apresentou as políticas focadas no bem estar animal”, disse o engenheiro agrônomo Luiz Luchessi, presidente da AEAPR-Curitiba, responsável pela realização da exposição Agronegócio Brasil 2009, assim como sua programação técnica. Luchessi agradeceu também a participação do professor Ibanor Anghinoni, da UFRGS, que demonstrou a experiência gaúcha de integração lavoura-pecuária no planalto, do professor Edicarlos Damacena de Souza, da UFG, que tratou do Estoque de Carbono em sistemas de PISA.
A programação do dia foi encerrada pelo agrônomo Luis César Cassol, da UTFPR de Pato Branco, que tratou do manejo e conservação do solo. “O manejo do solo e de pastagem em sistemas integrados são fundamentais para determinar o sucesso deste programa. A nossa mensagem é que aliado a este manejo existe também a necessidade de se manter práticas adequadas de conservação de solo, que em alguns casos vem sendo negligenciados, o que pode comprometer todo o sucesso do programa”, afirmou.
A 2ª edição da Agronegócio Brasil tem a organização da Monte Bello Eventos, e conta com o apoio institucional da Federação da Agricultura do Paraná (FAEP), Federação Estadual da Agricultura (FEAP), Itaipu Binacional, Universidade Federal do Paraná (UFPR), Federação das Indústrias do Estado do Paraná (FIEP), Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia do Estado do Paraná (CREA), Caixa de Assistência aos Profissionais do Crea (MUTUA), Associação dos Revendedores de Insumos Agropecuários da Região Metropolitana de Curitiba (ASSIPAR), Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas no Estado do Paraná (SINDIADUBOS).