Gianfranco Beting: paixão pela aviação

Filho do jornalista Joelmir Beting, Gianfranco é especialista em aviação e já publicou cinco livros sobre o assunto. O sexto está a caminho e conta a história da Varig. Beting também mantém um site (Jetsite) sobre o assunto. E ele pode mesmo falar com propriedade. Como passageiro, já deu quatro voltas ao mundo: vôou cerca de 3 milhões de quilômetros em mais de 1,2 mil vôos para 70 países – utilizando os serviços de 102 empresas aéreas. “Eu trabalho mais de 12 horas por dia no que venero. Quando chego em casa, ainda vou para o computador para ver sites sobre aviação”, contou. Seu hobby também não foge da área: já fez mais de 350 mil fotografias aeronáuticas.

A Azul começou na casa do publicitário, no início do ano passado. Ele contou que conheceu o empresário David Neeleman, brasileiro, filho de americanos, que já havia fundado três companhias aéreas de sucesso nos Estados Unidos e no Canadá. “Eu fiquei muito emocionado. Já tinha lido três livros sobre Neeleman. Imagine como fiquei quando comecei a trabalhar com ele”, relembrou. Beting foi o primeiro funcionário contratado da Azul.

A escolha da marca da empresa já foi feita de maneira ousada e diferente. Um concurso levantou 158 mil sugestões de nome. Os autores dos dois mais votados voarão pela companhia de graça para o resto da vida deles. Os investimentos também foram altos. A Azul começou com US$ 200 milhões. “Só mesmo loucos e apaixonados por aviação para fazer isso. O mercado é complicado e o retorno é muito pequeno. Existe até uma anedota que conta que para ficar milionário no setor é preciso começar bilionário. Mas dá uma grande satisfação”, afirmou.

Para vencer num mercado tão competitivo, Beting contou que a Azul aposta em oferecer serviços de qualidade com preços baixos, “com a segurança colocada em primeiro lugar”. Ele disse que a empresa não teme a guerra tarifária. “Temos dinheiro para mantê-la até quando for necessário.” Entre os diferenciais elencados pelo publicitário estão os vôos diretos, sem escala, evitando aeroportos congestionados.

Hoje, a companhia conta com 12 aeronaves, devendo chegar a 14 até o final de 2009 e a 80 no prazo de cinco anos. “É um projeto ambicioso, mas possível.” Em apenas oito meses de operação, a empresa já tinha conquistado 1 milhão de passageiros. Beting acredita que o mercado tende a crescer no Brasil.

Para isso, ele também defende a melhora na infraestrutura aeroportuária no País. “Nossas autoridades brincam de controle de tráfego aéreo no Brasil”, afirmou. “Há muitas deficiências, sérios gargalos. Falta investimento e uma mentalidade diferente”, completou. Beting citou o caso do choque entre o jato Legacy e o Boeing da Gol, em 2006, como um exemplo do descaso. Ele defendeu um choque de gestão em alguns órgãos que tomam conta do setor e disse não acreditar que a privatização dos aeroportos possa resolver os problemas.

Premiada com o Top de Marketing 2008 e considerada o maior evento de business do Sul do País, a 9ª Feira de Gestão da FAE Business School iniciou na última segunda-feira e vai até 2 de outubro, no piso G1 Shopping Crystal Plaza. O evento traz cinco Painéis de Gestão e dez Palestras Magnas num auditório para 1.000 pessoas. Durante os cinco dias de evento, a Feira promove o debate e a troca de experiências entre empresários, executivos, empreendedores, acadêmicos e estudantes universitários, apresentando cases e estratégias bem sucedidas de gestão dos mais diversos segmentos.

Serviço
9ª Feira de Gestão FAE Business School
Local: Shopping Crystal Plaza l Curitiba/PR
Data: 28 de setembro a 2 de outubro de 2009
Horário: 14h às 22h
www.fae.edu/feiradegestao

Central Press (41)
3026-2610

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