Sem esses sintomas não se deve ir aos atendimentos emergenciais. “Além da superlotação – o que dificulta o atendimento a quem realmente precisa – a aglomeração aumenta os riscos de contaminação. E aglomeração não apenas em prontos-socorros, mas em qualquer ambiente fechado, principalmente sem ventilação, compartilhado por muitas pessoas”, diz a infectologista.
Internamentos e tratamento com antiviral serão feitos apenas em casos graves ou suspeitos em pessoas que façam parte do grupo de risco e tenham necessidade de monitoramento. Fazem parte do grupo de risco crianças, gestantes, pessoas em condições crônicas como cardiopatias, com doenças renais ou respiratórias, pacientes com diabetes ou com baixa imunidade, como portadores de HIV ou em tratamento de câncer, e quem teve contato próximo com infectados pelo H1N1. A transmissão do vírus se dá, em adultos, um dia antes até o sétimo dia do início dos sintomas e, em crianças, em um dia antes até 14 dias depois do aparecimento dos sintomas.
Cuidados com as crianças
A pediatra Dra. Lucy Yara Pfeiffer orienta pais e responsáveis a levarem crianças, principalmente menores de cinco anos, com sintomas comuns de gripe ou resfriado ao médico que normalmente as acompanha. Apenas no aparecimento dos sintomas graves elas devem ser levadas ao atendimento emergencial. Do contrário, estarão desnecessariamente sendo expostas ao contágio não apenas do vírus H1N1, mas de outras doenças.
A Dra. Lucy considera como sintomas comuns: febre, mal-estar, desânimo, irritabilidade e mesmo a tosse persistente com secreção amarelada ou amarronzada. Os sintomas graves são os mesmos dos adultos: febre acima de 38 graus que não cessa com analgésicos comuns após 40 ou 50 minutos, ou volta em seis horas; dores musculares e generalizadas, prostração e palidez acentuadas, dificuldade grande de respiração – com falta de ar -, sibilo (chiado) e tosse persistente.
Prevenção
Segundo as médicas Viviane e Lucy, a prevenção ainda é a principal orientação. O mais importante é o cuidado com a higiene das mãos. A Dra. Viviane ressalta a importância da Etiqueta Respiratória, ou seja: utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir nariz e boca ao tossir e espirrar, evitar tocar as mucosas dos olhos, nariz e boca, lavar sempre as mãos com água e sabão – principalmente após tossir ou espirrar – e manter ambientes fechados arejados. É recomendado ainda utilizar álcool 70% para higienizar as mãos. A Dra. Lucy lembra que, sem exageros e neste momento, é melhor evitar contatos muito próximos, como beijos, abraços e apertos de mão.
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