A melhor maneira de evitar doenças no inverno é não ficar em lugares fechados e cheios de pessoas. Deixar a casa aberta e ventilada é importante para renovar o ar. “Ambientes arejados e ensolarados são sempre saudáveis”, observa o pediatra. Mas é preciso tomar cuidado com a exposição solar. “O sol de inverno é tão perigoso quanto o de verão, por isso, é muito importante o uso de protetores solares durante o ano todo”, lembra. E a velha história de “não tomar friagem” não é tão verdadeira assim. “Se a criança é habituada a mudanças bruscas de temperatura, ‘tomar friagem’ não causará danos à sua saúde”, afirma.
As crianças são sempre muito ativas e a prática de exercícios aumenta a temperatura corporal, por isso, é necessário o uso de roupas adequadas. “Jogar futebol ou correr com casacos e calças de lã não tem a menor lógica. Não é incomum a criança muito agasalhada suar e criar uma baixa na sua resistência orgânica, devido a uma desarmonia entre a temperatura corporal e a do ar inspirado”, aponta Dr. Lauro. Isto não significa que a criança não deve usar agasalhos mais pesados durante o inverno, mas caso ela sinta calor, não é necessário que permaneça com muitas roupas de lã. “O uso exagerado de agasalhos trará seguramente crianças muito mais sensíveis a variações de temperatura”, observa.
Uma alimentação mais calórica e com líquidos quentes auxiliam no controle térmico da criança. “É preciso tomar cuidado apenas para que a criança não coma demais antes de deitar, para evitar riscos de vômitos com broncoaspiração”, salienta o especialista. Entretanto, alimentos e bebidas geladas não são proibidos nos dias mais frios. “Geralmente, consumimos estes alimentos para ‘nos refrescar’. Mas, não existe nenhuma restrição lógica ao consumo de alimentos frios ou gelados”, diz.
Ambientes aquecidos
Para aquecer o quarto do bebê ou das crianças, os pais devem primeiro arejar o ambiente entre as 10h e 15h. “Depois deste horário, fechamos o quarto para aprisionar o ar ‘limpo e aquecido’ das horas mais quentes do dia”, explica Dr. Lauro Linhares. Ambientes não aquecidos não causam danos à saúde, mas caso seja necessário, um aquecedor pode ser ligado até no máximo às 21h. “Durante a noite a temperatura baixará gradativamente, e o bebê ou a criança não sentirão desconforto”, comenta.
O uso de aquecedores deve ser regulado, principalmente no quarto de crianças e bebês, pois o aquecimento resseca o ar. “Se a umidade relativa do ambiente chega a menos de 30%, acontece um aumento de secreções na criança, já que o organismo tenta umidificar melhor este ar”, conta o especialista. Este ar mais seco acaba dificultando a respiração e provocando desconforto respiratório. “Não é raro, bebês e crianças expostas a estas condições apresentarem falta de ar e ‘chio’ no peito, e necessitarem de internamento hospitalar ou inalações contínuas”, alerta.
O pediatra lembra que, em caso de aquecedores, é recomendado usar os do tipo radiadores de água ou óleo. “Os riscos de queimaduras aumentam consideravelmente entre bebês e crianças nesta época de frio ocasionados, principalmente, por conta de queima de álcool no quarto e banheiros, por isso, essas prática devem ser totalmente abandonadas”, salienta.
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