Cresce adoção de animais domésticos

A solidão do isolamento social tem levado muita gente a adotar um animal de estimação, para ter companhia e distração nesta fase difícil. De acordo com a psicóloga, mestre em Análise do Comportamento e professora do curso de Psicologia da Universidade Positivo, Kátia Biscouto, é comprovado cientificamente que o contato com os bichinhos ajuda a liberar os chamados “hormônios do bem” e reduz o estresse.

Segundo Thaís, antes de comprar ou adotar um companheiro animal, é preciso pensar, conscientemente, se haverá espaço adequado e seguro para o pet; se poderá arcar, a longo prazo, com os custos de ração, vacinas, tratamentos veterinários, banho e tosa; e se terá tempo e disposição não apenas para dar atenção e carinho, mas também para a higiene diária do ambiente, passeios e cuidados específicos de cada espécie. Ainda segundo a veterinária, é importante ver se o perfil de personalidade do dono combina com a do animal. Se o temperamento de ambos não se alinhar, o dono pode ficar desgostoso com o bichinho e há o risco de abandono. É claro que, no momento de solidão, o animal preenche esse espaço. Mas é uma relação que tem que ser ganha-ganha para os dois lados, para o animal e para o humano.

Thaís explica que o novo coronavírus não afeta animais, somente humanos. Mas não significa que o cão ou gato não possa levar o vírus a um humano. Durante um passeio com o cão, por exemplo, o animal pode pisar ou encostar em algum local que foi contaminado por uma pessoa infectada. Ao chegar em casa, tanto o dono pode encostar diretamente no pelo do cão, durante uma brincadeira ou ao pegar no colo, quanto o animal pode derrubar o vírus do pelo ao subir em camas ou sofás onde tem acesso. O cão não ficará doente. Mas seu dono sim. Portanto, o dono do cão não precisa se desfazer ou abandonar o animal, com medo de pegar o novo coronavírus. Um banho ou higienização das patas do animal são suficientes para evitar o contágio. Para os casos nos quais os tutores estejam com coronavírus, a recomendação é não manter os pets no mesmo ambiente. “É importante deixar tutores e animais separados para que os pets não levem o vírus para frente”, alerta. 

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